16.12.07

Rodando

um certo gosto de sangue na boca. não sabia como tinha chegado ali; mas estava bem.
lembrava de flashes esparsos. precisava apenas; dormir.
não viu nem soube de nada. a chuva caia do céu e tingia o vestido azul.
passou a língua na carne que reveste as bochechas. descobriu ter se mordido. precisava enfrentar raios e trovões para voltar para casa,quando acordasse.
teve sonhos estranhos e indecifráveis, os quais, esqueceu.
a saudade batia cada vez mais forte. ele tão longe sem poder abraçá-la. certo só que: daquele jeito, não gostaria de vê-la. ela queria o costume de todos os dias. sentir calafrios de beijos e cheiros, e vida.
a dor - arrebatadora! infinitamente pior que a ressaca do dia seguinte. infinitamente maior que o medo de perdê-lo. muito, muito mais forte que a chuva.
ela não conseguia mais dormir sem ele ao lado.
o travesseiro jazia sozinho enquanto o quarto girava - roda gigante de pensamentos.

Um comentário:

Anônimo disse...

juju... que texto danado!!!