28.11.07

diferenças

ser diferente é ser igual
real

[APENAS EXISTIR]

neste mundo de sombras e imagens
inventivamente revestidas de pré
{CONCEITO}

conceitos mensurados
em divertidos e inadvertidos
pensamentos
sobre vidas
[INDIVIDUAIS]

desejos adversos
[GENUÍNOS]

genialidade genética
ou não tão fácil assim

[FATO]

factual sem factóides
peculiaridades de alguém que gente é!

sobrenatural
naturalmente
alguém apenas...
[INESQUECÍVEL]

LEPREVOST- ARRASA!!!!

entre teus dentes sustenidos
ontem morrerei
no abandono de continuar te amando

teus brincos, bambaleantes torres
de onde a lua inebriada de sons e girândolas
despenca gota a gota

ontem morrerei na harmonia de tuas lágrimas
na inhaca lagunosa de tuas constelações

morrerei

e minha focinheira foi o vaso de tuas primaveras

confessadas no que jamais fiz
encontrar alaúdes na soleira do fim, não encontrei

não vi alçar da sonolência os alçapões
nem tuas favelas verdejaram cheiro e luminosidade de colina

tuas pálpebras de impalpável jardim comeram a luz

das anêmonas, quando ontem morrerei

Ode Mundana – pg. 18 (Editora Medusa)

[jardim social] -Adriano Esturilio

entrou no quarto bem na hora que a menina tocava uma siririca gostosa de deixar o olho pra cima e a lingua pra fora. tava tao boa que nem viu a negra vistosa com uma pilha de roupa, estatica com a mao ainda na maçaneta. segurou o susto e achou melhor ñ incomodar a patroinha. voltou dois passos ainda de costas e encostou a porta com todo cuidado, exigindo do trinco cumplicidade. fez o sinal da cruz com a mao que ñ tinha roupa, enquanto mordia seu carnudo beiço inferior, e chamou seu filho jeferson. deu a pilha na mao, um beijo na testa, tapinha na bunda. anda, beiçudo. coloca essa roupa no armario e tira a roupa dela. É. as maes se preocupam com o futuro dos filhos.

*conto do (Livro-dvd) Cancha 2 de Adriano Esturilio -Editora MEDUSA

------------------------------

*Fui ao LANAÇAMENTO ontem... o menino é genial! e o livro... UM PRESENTE.

ótimo para o NATAL.

27.11.07

LEIAM o post da SÁ hoje no FALÓPIO

... (des)organiza, (dez)organiza, desor(i)g(i)n(al)iza...

e...

deixa um cheirinho bom de "VEJA" pela casa.


***

bJU, Sá!

26.11.07

RATOS di VERSOS (RODÍZIO DE RATOS)


Os sinos clamam! Os deuses tocam! E os Ratos se espalham!


Esse é um momento delicado como um hamster, decidido como uma ratazana, e dedicado como um rato de Laboratório.


Os RATOS DI VERSOS após 1 ano e meio desforreando verbos no Beco do Rato, partem à procura de outra toca pela Lapa.


E já que mudou-se o local, os Ratos aproveitam as instabilidades para mudar o dia da semana, saímos das quartas quinzenais para as quinzenais quintas.


Escolher o local apropriado para tanta tertúlia, é trabalho árduo, é trampo duro, só tramando uma pra ver de verdade...


Então está aberto o "Rodízio de Ratos", os Ratos passarão por alguns bares da Lapa oferecendo versos em troca de uma nova toca.


E o primeiro RATOS DI VERSOS dessa nova temporada é no Bar do Jô:


QUINTA 29/11 BECO DOS CARMELITAS,N° 9, LAPA, 20hs


atenção: não é em Sta Teresa, o Beco dos Carmelitas é uma rua paralela ao Beco do Rato,é uma outra transversal da Morais e Vale, é mole.

LAÇOS - entre os 20 finalistas do PROJECT DIRECT (You Tube)

O filme do meu irmão ficou entre os 20 finalistas...

1)Peço que vcs entrem no link: www.youtube.com/projectdirect
2)cliquem em VOTE
3)procurem Laços
4)votem!

Meus problemas com a bebida - Mário Bortollotto

"ela me dizia que eu tinha problemas com bebida
me dizia isso enquanto andava atrás de mim no supermercado
eu escolhia um vinho pra beber no jantar
na verdade eu tava indeciso entre um vinho e um conhaque
na dúvida levei logo os dois
e uma caixa de cervejas pra depois do jantar
e ela continuava falando rispidamente comigo
eu me sentia dentro de uma música do Bruce Springsteen
ela falava algo sobre viver e morrer como um perdedor
eu disse: “Que merda cê tá falando?”
ela fazia ballet e andava daquele jeito empinado que me deixava ainda mais oprimido
havia muita raiva naquela mulher
e a raiva te deixa com dificuldade de se expressar
e eu só precisava de um drink
abri o conhaque na fila do caixa e dei um gole
“Era sobre isso que eu estava dizendo”.
“O que?”
“O seu problema com bebida”.
“Eu não diria que é um problema. A bebida me ajuda nos momentos difíceis”.
“E esse é um deles?”
“Eu não estou muito a vontade”.
entrei no carro e abri logo uma cerveja
“Vai continuar negando que tem problemas com a bebida?”
“Olha, eu não tenho problema nenhum com ela. Às vezes quando bebo, eu arrumo mais problemas, só isso”.
nós saímos do estacionamento do supermercado e ela continuava falando comigo daquele jeito intolerável e pensei em meter o carro num poste ou algo do tipo, mas eu ainda não havia bebido o suficiente."

15.11.07

existem cores e sombras e abismos
e cores e sombras e abismos

mas eu tô "singing in the rain"
just in the rain singing,


at the rain, on the rain
tanto faz
o importante é rodar o guarda-chuva
e cantar ao amanhcer
um tubinho preto
por ser sexy, vintage e até sem nexo

um tubinho preto pode ser anos 50, pode ser quem não aguenta
e até coringa ser

um tubinho preto pode trazer sexo, pode ser facilidade
ou uma certa falsidade

um tubinho preto pode ser o que combina, pode ser a minha sina
e a vontade de você

um tubinho preto pode ser a cor na vida, a saudade colorida
só para sempre seduzir

pode ser a cor, a dor, a vontade, o amor
pode ser fatalidade
suicídio, assassinato ou simples delito parecer

um tubinho preto condena, atira, prende,
alucina, se desfaz...

é um mero acaso
pode ser um simples fato pra fisgar um bem querer

me-te-vi, borboleta, bem-te-quis - homem meu
bem me foi a espera
que um olhar forneceu.

um tubinho preto...
dizem que eu sou de ouro.
eu duvido, duvido!
eu até poderia ser "um sujeito normal e fazer tudo igual",
mas a minha maluquez...
ah! minha maluquez,
mesmo que "misturada com a" lucidez que eu não tenho
não me deixa, não me deixa ser normal
são tantos planos vazios
que os cachorros correndo no meio da chuva
procurando comida latem abandonos

e é tudo tão vadio, vazio, vadio, vazio
vazio
que encaixar quebra cabeças na varanda de um sitio
se torna fácil demais...
e entoar conversas nuas quando a vida se faz crua
só com um certo jazz

eu sei que escrevo, nesta vida eu tô blues
e no entardecer
no entardecer
é possível que eu seja tantas mais

só na verdade o que eu quero é um cais
prá adormecer...

13.11.07

Tulipas Negras


Tulipas negras dormiam num lago de sol. Deprimidas acordavam em lágrimas frias. Alimentavam-se de olhos fechados e ausência de cor. Respiravam nuvens pálidas. Flores coloridas caçoavam da melancolia e batiam palmas cantando canções. Um dia a tulipa mais rebelde do buquê virou gérbera e foi para o jardim. Juntou-se às outras, alegres e virou atriz. Tinha capacidade de assumir vários papéis. Agora era rosa, em minutos margarida; gérbera; lírio; copo de leite e até orquídea. Arrumou um namorado e até filhas teve. Todas lindas, radiantes, reluzentes, furta-cor. Todas tulipas negras.


Feminilidade à flor da pele.

DIA 10 DE DEZEMBRO, 2007




Juju, Bia & Marcela
in Performance no CEP 20.000

Teatro do Jockey -Gávea

AGUARDEM!!!!

8.11.07


Faz calor aqui do outro lado do iceberg. As paredes brancas neutralizam o cansaço.
Estou sozinha a escrever versos sobre o que lembro. Durante longas horas de viagem eu vi algumas coisas, mas o cérebro derrete esse lembrar.
É sempre noite aqui. Lá, tudo era claro e sensível –até na escuridão as focas brincavam de pique-esconde. Aqui o passado é revivido como gotas de chuva – sem parar. É tudo muito diferente...
...existem contrastes e cores.
...nada é monocromático.
...pessoas sorriem na praia.

Lá, tudo é mar. Um mar tão frio que:
... se alguém quiser nadar

MORRE INSTANTANEAMENTE!

Eu nunca precisei nadar para morer. Já estava ali, objeto de decoração- sofá para pingüins-há muito tempo.

...não sabia que estava morta até chegar aqui desse outro lado.
...do outro lado do Iceberg.

5.11.07

É QUINTA!!!!!


Aguardo todos LÁ!

Poesia na VACA DE DRUMMOND



Não, não podia chover. Ficou terminantemente proibido que qualquer nuvem negra rondasse as imediações da praia de Copacabana. Pacíficas, compreensivas, elas entenderam e se mantiveram afastadas, abrindo espaço para o lindo céu azul que serviu de cenário para a grande festa da "Poesia na Vaca do Drummond". O sarau já é bloco e luau, feira e pelada, festa e passeata. É tudo e mais um muito, não cabe dentro de si. Ali tinha um pouco de Parati, utopia de poesia em toda parte. Foi grande, monumental, suntuoso!! Sim, suntuoso!! Agora é pensar no que virá. O show não pode parar, o grande circo deve continuar. Aguardemos então, as cenas do próximo capítulo, tendo a certeza de que o final será feliz, muito feliz!

-Dan-

Retirado do Blog do Dudu e Dan Dan...

Concordo com vcs, meninos!!!

Foi realmente FENOMENAL!!!!

2.11.07

tão diferentes
iguais

a mesma dor que corta
o mesmo sangue
quando
nadas e cacos
tentam se juntar

repelentes
indiferentes
apaixonados

não entendem

amam
e se prolongam

o crepúsculo

a sombra da lua em meu corpo
ilusão que se despe
imagem que satisfaz
no vão de seus dedos
tempo que passa

vontades estagnadas
no segundo que se perde
em horas intermináveis
sem você

tudo flameja, pulsa, movimenta
e voa quando a seu lado estou.

o horizonte

coqueiros refletem seu olhar
e eu canto em cacos de vidro

trsitezas passadas
em sonho, sombra e purpurina

alegre encanto
em seu sorriso manso

olhos perdidos procuram os meus

vejo coqueiros e luzes em seus olhos
vejo saudade, medo e paixão
numa praia certa com olhares de trovão e desejo.

1.11.07

The miracle of Love -Eurythmics

How many sorrows
Do you try to hide
In a world of illusion
That's covering your mind?
I' ll show you something good
Oh I' ll show you something good.
When you open your mind
You 'll discover the sign
That theres something
You're longing to find...
The miracle of love
Will take away your pain
When the miracle of love
Comes your way again.
Cruel is the night
That covers up your fears.
Tender is the one
That wipes away your tears.
There must be a bitter breeze
To make you sting so viciously -
They say the greatest coward
Can hurt the most ferociously.
But I'll show you something good.
Oh I'll show you something good.
If you open your heart
You can make a new start
When your crumbling world falls apart.

e eu aqui de novo...

completamente

A
P
A
I
X
Ã
O
NADA
TUDO!

Não mata. Dá a idéia...

Trecho do Show do Alexandre França no Teatro Guaíra (CTBA).
Vale muito à pena ouvir, ver, comprar o CD, ler o Livro...