30.7.07

a quem interessar possa:

... ainda não consegui decifrar sinais de fumaça na neblina.

Acabei de ganhar O POEMA!!!!

p/ Juju Hollanda

Tem algo nesses olhinhos que é inquietação e angústia
e os olhos brilham, doces, serenos, quase inocentes
como se a noite fosse uma criança com quem se brinca
Tem algo nesses olhinhos que é desejo e fúria
e tem um quê de amor e calma
Tem brilho que é luz refletida das ruas,
e tem toda a luz que emana da alma.

Tem algo nesse sorriso que é pureza e doçura
e o riso se expande numa gargalhada
como se fosse espanto a madrugada!
Tem um rir que é de histeria e medo
Tem algo que é um leve abandono
Há um riso que ri de si mesmo
e os sorrisos que vagam sem dono...

Tem algo nesses versos que é noite sem fim
que se acua sem saída em becos escuros
Mas há sempre, nesses versos, uma luz que raia
Tem sempre algo que amanhece
pés descalços na areia da praia...

Bia Tavares

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G-zuz! A Bia acertou em cheio. A Bia me deu O PRESENTE! A Bia é Fada! a Bia é F**A!
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Maldade...muita maldade...


29.7.07

era para ser diferente de sempre
e foi

já tinha passado tanto tempo
e eu não sabia mais, mas eu sabia
ele não apareceu na minha vida para passar por ela

alguma hora, o destino iria chamar-nos para uma conversa
colocaria as cartas na mesa
e nos empurraria para o jogo.

depois de um beijo

horas de beijos latejantes
aventura tatuada na pele
envolvida em fumaças respiradas
e gemidos

vontade ziguezagueia em línguas inquietas
horas em que o tempo parou

naquela rua de pedrinhas irregulares
conversa anda em círculos
possibilidade maluca de cumprir a missão
de uma vida
na esquina com alguém que passa na rua
segurando um guarda-chuva

improvisar em poema
enquanto você me olha

depois...

tentativas furadas
de parar o tempo
bocas ensaiavam o primeiro toque
nada podia dar errado
tudo perfeitamente calculado para ser inesquecível
como o primeiro longínquo e inconfundível olhar...

olhar

primeiro olhar trocado
impossibilidade percebida
num relance
desistência

[novas possíveis probabilidades]

amizade começa no tesão que se esconde

[nada em olhares]

nova visãoo
se escreve em palavras
que não precisam ser ditas.

sabemos da sensação do olhar primeiro
conexão estabelecida
esperar respostas
no que ardeu e passou
depois de semana
mesmo olhar
cruza com o meu
impossibilidade esquecida
resistência desistida
um beijos
passam as horas

27.7.07

Eu acho que ouvi aquela música. Longe tão longe... que parece que é a sua presença junto. Lágrimas me chegam aos olhos. Aperto no coração. Sonho com você naquela música e de repente seu cheiro me entra pelos poros. Parece que você chegou e está aqui ao meu lado. Parece que você está aqui me rodeando como fumaça me rodeando. E eu sonhando com você. Você aqui... e eu sozinha. Você no perto está longe, mas eu te queria agora.
Opoemaéumalinharetacercadadeletrasnolabirintodavida.

Clichê dos não saberes

como saber quem está onde
onde está quem?
se eu aí, você aqui....

às vezes uma música traz você prá perto
outras...
apenas pensamento, lembranças vivas, vermelhas, vorazes consomem meu cérebro preenchendo com sentires nossos cheiros, arrepios, sensações.
hormônios com boa memória reproduzem arrepios com a precisão de cirurgiões plásticos a cortar a carne humana com bisturi.

estou sendo operada sem anestesia.
sinto tudo. sinto tudo. sinto tudo. sinto tudo. sinto!!!!

não estou lá.
você não cá.
ninguém em lugar nenhum.

pensamentos....

o estar perdido
a vontade concentrada
o gosto
o toque, o tanto, o nada do tato

a presença da sua ausência.

know? dunno!

falar da previsibilidade é tão imprevisível quanto a chuva.
quantas gotas vão cair do céu? serão finas, grossas, frias?
ácidas?!!!!

...

não dá pra saber....
assim como é impossível prver quanto beijos serão trocados entre nós no decorrer de nossa vida.

...

não dá, não vai dar para saber se o dia é hoje
se estou atrasada
ou adiantada.

Conversa boa

há meses não virava noites.
há meses dormia tranqüila costurando sonhos. tricotando casacos no lado direito da cama. dormia direto e continuava cansada quando acordava.
era a ausência das mãos geladas e das palavras.
a falta da diversidade de assuntos que se encaixam uns nos outros.
perdidos...
assuntos retidos num certo ponto de cruz como num túnel.

assuntos como a possibilidade diversa de transformar uma simples madrugada em verso.

D.S.

durma em
almofadas coloridas de sonhos.
nossa vida é tão incerta que nem sei o que
esperar. a madrugada é
longa demais para amanhã
SER.

Pare. Atenção. Siga.

Sinais de trânsito fecham as entradas dos portais da noite.

É tudo urgência na instabilidade de se abrir janelas para escapar da asfixia dentro de carros parados.

Não conseguimos chegar a lugar nenhum com luzes vermelhas acesas de solidão.

O frio é o medo que vem verde e tímido quando idéias amarelas percorrem entrelinhas nas fumaças dos cigarros.

A noite é certa e sorte

Os sinais abriram e com eles as portas do abismo.

19.7.07

I love u!

verborragia hemorrágica
magia mágica
trágica comédia de se sofrer a sorte
sentir contido na visão de pétala
margaridas, gérberas, rosas, orquídeas
de um amor que não se explica.

Insônia

mal dormidas ilusões contidas
consumidas alusões acesas
insônia de viver assim...

sendo o que nada peixe
na alcova inexistente
de um abraço que chora.

Miss ya!

alergia cantada em pétalas de verso
coceira na face
disfarce de querer dizer
espirro do que se guarda
linha solta em dissabores orbitais
sistema solar de poemas
represas para reter tempo
água fria escorre aqui
e quente se transforma em lágrima.
E é isso que impera
A espera de você.

isto ou aquilo

Cega tateio esquinas
Talvez vá além do horizonte
Ou
Escorregue na ponte
Caia no rio

Talvez arda pimentas
Ou
Sinta cócegas de chocolate nas gengivas.

Livremente inspirado nas Janelas do Alex Topini

Longe se esvai
Tempo aque aqui fica
E não vai
Tempo que pára no agora
E é tarde
Hora que não chegou.

acróstico

doce pensar em seu
abraço forte, firme
naquilo que desconhecia
intransigente. Longe na
estrada. Fácil sentir gosto de amor quando você está
lá, nem aqui.

frio

manhã ausente
você não está aqui
ainda não acordei
e o sol está vazio demais
para me aquecer...

9.7.07

vai ser um tomento de dias incontáveis voltar à vida normal

no despertar de manhã
seu abraço fará-me falta
sentir meu corpo acordado
na adorável sensação de um arrepio
com gosto de chocolate crocante

o seu puxar dos meus cabelos na medida
a gramatura das suas mãos alisando minha pele
o seu olhar...
o sorriso de lado...
a floresta que arrepiou minha espinha
que em silêncio gritava

vai ser difícil acordar amanhã sem você
tenho facilidade de me acostumar às coisas boas
e querê-las sempre

vou sentir saudade do seu calor de manhã
e das fogueiras que aos beijos apagávamos

vou sentir falta do verão
que nesse inverno cultivamos
e aos suspiros vou acordar
nos próximos dias da sua falta.
poesia que se fez presente
na cama onde lambuzamo-nos de luxúria e vontades
paredes que com segredos escreveram um novo capítulo
de uma história leve
que me leva a não saber o final desse início...

tesão que mostra as garras
e abre portas para outras coisas
a sensação de você em mim
cercada da emoção de alguém olhar
fez do desejo um perigo

é no escalar das montanhas que se encontra o poema
a madrugada se encarrega de despertar desejos
antes inexistentes ou até sem saber, adormecidos

uma dúvida intermitente
a pergunta para a qual se quer sim como resposta
uma vontade de perguntar...

o risco que se corre do sim
é o pé no freio que o coração espera
quando só o não é o que se tem

talvez, o talvez chegue
ou o sim descarado da sua também vontade
guardada de mim em você
ou nada disso
simplesmente despertada com o empurrão dos meus olhos nos seus
a hora de demonstrar que se tem coragem
desfiando monstros que assombram a mente

o instante da resposta positiva
e o tudo transformado
em sonho e liberdade

é difícil pensar que era simples demais
simples nunca fácil demais
só simples demais
o que há tempos demais
tempo demais
eu esperava.