tudo misturado no aqui dentro
partes de frases costuram-se de medo e de "nãos"
impossibilidade na ponta dos dedos e um carretel sem ponta de linha para puxar.
não sei por onde começar ou terminar o que já está em andamento e preciso tecer minha colcha de retalhos habitual.
tanto por dizer perdido pelas estradas internas de meu corpo...
tanto por fazer, a dizer, a destrinchar...
é como um frango que a gente depena e dilacera para escaldar na panela de pressão para depois cozinhar com quiabos, servir com arroz.
é um lamber de beiços e limpar com o guardanapo. um gargalhar depois do almoço.
uma eterna festa sem convidados dentro de mim.
um contínuo bater de portas e malcriações.
um quer comer vendo tv,
outro está de dieta
e eu aqui, com milhares de "tuperwares" na geladeira cada um com um restinho de comida que eu não gosto
uma bagunça louca que eu não gosto
e milhares de pensamentos perdidos no tempo
esse tempo que venta ordens no meio da tarde
um fazer não fazer contínuo
de um não sei o que infantil
na indiferença de um dar de ombros e olhar para a frente
é como quase achar que é a mesma coisa
o encontrar de um abismo onde não se quer chegar
e um vôo sem asas sobre um despenhadeiro.
Um comentário:
como é que se separa?
Quem aprender primeiro ensina pra outra. Promete?
beijas
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