14.10.09

Já me matei faz muito tempo
me matei quando o tempo era escasso
e o que havia entre o tempo e o espaço
era o de sempre
nunca mesmo o sempre passo

morrer faz bem à vista e ao baço
melhora o ritmo do pulso
e clareia a alma
morrer de vez em quando
é a única coisa que me acalma

Paulo Leminski

3 comentários:

Clareana Arôxa disse...

Eu acho esse poema um dos mais bonitos de Liminsk.

Morrer faz bem à vista e ao baço.

Um beijo, Ju!

Juliana Porto disse...

Os versos que ele escreve lembra-me bem os teus.
Abraços.

Fabiano Rosa disse...

Paulão era muito foda!!!

belo blog guria

grande beijo