31.3.10

Feeling the blanks

a primeira vez que ví Felipe ele estava lá, com outra dentro do carro. Não nos conhecíamos, então, não havia motivo para sentir ciúmes apenas vontade (vontade de estar lá no lugar dela com ele).

não sabia se eram namorados antigos, marido e mulher ou se tinham acabado de se conhecer então encostei na vitrine da loja e fiquei lá olhando ele se contorcendo enquanto ela fazia vocês sabem o que.

ele se contorcia e eu imaginava o som dos gemidos. qual seria o tom de voz dele?

a cena era excitante. às vezes dava para perceber o movimento das mãos dele empurrando a cabeça dela para cima e para baixo. eu não via as mãos, mas percebia o movimento dos ombros e me imaginava ali. imaginava também como seria o pau melhor amigo dele? grande, pequeno, grosso, lindo? apetitoso era, com certeza.

cruzamos olhares. eu de fora do carro encostada na vitrine da loja de sapatos e, ele lá, sentado no banco do motorista. percebi que depois disso ele não tirou mais os olhos de mim e eu comecei a fazer imagens de nós dois juntos naquela situação e em outras também, lógico.

àquela altura eu comecei a perceber que já estava completamente umedecida. minha calcinha estava molhada e meus mamilos se endureciam. um tesão enfurecido tomava conta de mim e se eu não estivesse na rua certamente enfiaria dois dedos em minha vagina amiguinha que acabara de ser depilada sair do cabelereiro.

queria sentir o mesmo que aquela mulher sentia ao mesmo tempo em que queria fazer o que a mulher fazia, ser o que a mulher era e sentir o gosto que logo logo ela ia sentir. queria ser puxada pelos cabelos por ele e realizar todos os desejos daquele homem que se deixava masturbar brincava de pique-pega no carro.

fiquei ali olhando e esperando pelo momento em que ele fosse penetrá-la com força colocá-la sentanda no colo ou até mesmo pelo momento em que ele gozasse não aguentasse mais. ela levantaria a cabeça lambendo os lábios e sorriria de canto de boca. fiquei ali esperando pela cara de safada santinha dela.

desejava também saber o que aconteceria depois que ele explodisse. se ele masturbaria abraçaria ela, lamberia seus seios beijaria seus ombros ou se colocaria ela montada em seu mastro em seu colo encostada no volante. se engataria a primeira e sairia cantando pneus até o Motel albergue mais próximo ou se ela saltaria do carro logo depois.

percebendo que o momento crucial estava próximo, soltei e sacodi os cabelos, lambi os lábios e olhei atentamente para ele que piscou imeditamente para mim como se quisesse falar: - estou pensando em você, gatinha!

ela levantou a cabeça, me viu, deu um sorriso sem graça, tascou lhe um selinho nos lábios, pronunciou algumas palavras e saiu do carro. passou por mim toda encolhida como se estivesse com medo ou vergonha e entrou no bar próximo.

ele, abriu a porta do carona e eu percebendo entrei no carro e ele disse: Muito prazer, sou Felipe. Eu sem graça respondi: - Layla.
...
ele: eu disse para ela que você era minha namorada e que nós gostávamos desses joguinhos. que tinha sido bom e que bem, era hora dela ir.
eu: e você, gozou com vontade explodiu como dinamite?
ele: sim. ela gostava muito de sorvete.
...
ele: o tempo todo eu pensei em você.

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