entre teus dentes sustenidos
ontem morrerei
no abandono de continuar te amando
teus brincos, bambaleantes torres
de onde a lua inebriada de sons e girândolas
despenca gota a gota
ontem morrerei na harmonia de tuas lágrimas
na inhaca lagunosa de tuas constelações
morrerei
e minha focinheira foi o vaso de tuas primaveras
confessadas no que jamais fiz
encontrar alaúdes na soleira do fim, não encontrei
não vi alçar da sonolência os alçapões
nem tuas favelas verdejaram cheiro e luminosidade de colina
tuas pálpebras de impalpável jardim comeram a luz
das anêmonas, quando ontem morrerei
Ode Mundana – pg. 18 (Editora Medusa)
28.11.07
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Um comentário:
"leprevost-arrasa"
podes crer.
Poesia como particularmente gosto. Vislumbras sempre um além de coisas, poetisas te em devaneios no vão cru do real.
Uma poesia alada ,esvoaçante, roçando docemente o sentimento,
de pés assentes no caminho.
Parabens
http://kimang.blogspot.com/2007/12/platnio-resfriado.html
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