extra large é a confusão que pulsa e deve ser expurgada de mim.
o que não sei e está dentro.
dentro, aqui dentro, martelando em mim.
o que conversa; espalha-se em pedaços, os retalhos
a intensidade
o que se distingue e o que não consigo distinguir
- saber -
do que não sei o que é, mas existe;
insiste em mim.
nada está bom nem ruim
o que não fala, não diz, mas grita!
o que não sussurra, desafia, berra!
o que não diz a que veio
não versa, nem sussurra,
mistura mais a confusão.
empurra para dentro a caipirinha açucarada e quente
que não bebi e nem provei.
não provei porque não pedi
não pedi porque não sabia o que queria beber e ainda não sei.
não sei o que existe,
insiste, grita em mim,
mas é um grito alto
um urro de desespero
um berro que faz doer os ouvidos e de tão alto,
dá enjôo.
é como um pulo, um salto de desespero
é desesperador saltar assim do precipício
é desesperador saltar assim; parada
me faltam asas.
confesso que morri.
4.5.10
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário