15.12.08

POEMA COLETIVO

Por: Fernando Klipel, Beatriz Provasi, Juliana Hollanda e Ricardo Ruiz


Para mais do que me fez diminuir,

Em teus pés, fraquejo agora. Sorrindo. Pedindo um olhar. Um sopro qualquer que me faça um dia parar de existir.


Insisto. Às vezes pareço perder a força, mas não é nada. É um respiro. Um traço. Um fôlego novo para continuar vivendo “apesar de”; como Clarice.


Não me preocupo em entender. Viver ultrapassa todo o entendimento

Amor é um eterno entender-se

É um eterno não saber

Amor é um remar de dentro

Por dentro

Para dentro

Mesmo que a gente, mês que sem querer chegue às vias de fato

E também saiba o que é poesia.


O caolho Camões falou

"Amor é um fogo que arde sem arder"

Fogo é fogo! Água é água!

Não há dúvidas

Os elementos circulam e seguem. Prosseguem

E a inércia? Como é que fica?


Não fica meu bem, adquire asas, voa e pousa por aí. Sempre querendo arder a mordida desaguada do semelhante.

Flutua, paira. Repete cada giro.

Observa sempre. Deseja arder querendo um dia parar. Pensar na pedra e chorar dura, sem volta, em voltas. Pairando.


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