estar fixada em seus braços
alguns braços
outros, certos, tortos,
fortes braços.
braços que me tocam
que entortam que não vejo
que imagino
braços que podem ser seus,
dele, deles, dos outros
meus
braços que atravessam paredes e telas
quadros, gravuras, espaços vazios
braços que pedem respostas
perguntam
perfuram a minha pele
e seguram a minha cabeça na hora de dormir.
braços que são seus, meus e não deles,
delas, dos outros
braços que me invadem e furam
braços que perfuram meu interior
e carregam mãos e dez dedos
borrifando meu cheiro
pelas esquinas
braços e mãos e dedos
que espalham
olhares e tatuagens
e proclamam o nosso amor
ferido
bandido, banido, torto, desmedido
e nossa paixão irracível, incessante
e "band-aid"
dentro de caixinhas, de papelão colorido,
feitas com cartões postais
distribuidos gratuitamente
por aí.
feitas com cartões postais
distribuidos gratuitamente
por aí.
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