7.3.07

eu vou morrer essa noite

Ciclos fecham enquanto a vida tarda e arde
Fogo que queima e dilacera o coração
Círculos lineares na estrada fria seguem linha reta
Apavoram o coração que de susto dói melodias mastigadas de desamor desforado travestido em paixões nuas.

Costura mal do avesso em amizade verdadeira pálida que invade o terreno coração
Baldio, vazio.

Vazio repleto de amor que dentro existe e queria ser
Na certeza de você incerto, longe
Lá sem pensar em mim adormece em outros braços no retângulo enfadonho do colchão que acende menininhas tagarelas que te tratam apenas como macho reprodutor
Como mpaquina de prazer
Enquanto eu,
Aqui cinza assisto ao lado película em preto e branco de calma
Empalideço no amanhecer
Pedindo que facas se atirem sobre mim
E afastem o martírio insosso do longe
você tão perto em
do que poderia durar e ser eterno
enquanto houvesse encanto
enquanto houvesse brilho em meus olhos
enquanto houvesse amor...

a atração, a farra, a festa sobrepõem sentimentos profundos
e eu me jogo no poço para que você não me veja chorar reincidente
não se preocupe!
Todos acharão ser acidente
Ninguém perceberá o suicídio
Ninguém te acusará assassinato
Ninguém te julgará por homicídio
Todos saberão que eu louca, apaixonada sem razão, reflexo ou remédio
Sempre fui
E você nada com isso tem.

Mais uma vez foi acidente
Foi por acidente que meu coração idiota bateu no poste
Que meu coração se apaixonou pelo seu através da fresta
Da claridade que me entrava sorrateira no reflexo do seu olhar.

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