fascina
longe olhar em mim
quatro paredes
uma clausura bordada
iluminada por velas
perfumes e incensos estão acesos como cigarros
excesso de fumaça
na seriedade do assunto
me ver é enxergar em mim
o que não se repete
em você
30.6.07
Várias
todos na fila
esperam a hora
tempo agora
= ~~ =
o corredor da morte
avisa:
a falta que em minha vida
faz você
= ~~~ =
temo tão doce
a breve calma
do esperar pesado
a te sorrir
tão leve.
esperam a hora
tempo agora
= ~~ =
o corredor da morte
avisa:
a falta que em minha vida
faz você
= ~~~ =
temo tão doce
a breve calma
do esperar pesado
a te sorrir
tão leve.
loucura
na camisa de força meu universo
era breve no despertar dos olhos teus
os malucos batem palmas
loucos somos nós
era breve no despertar dos olhos teus
os malucos batem palmas
loucos somos nós
another day
mais um dia e tudo arde
mais uma tarde
nada é sol
no mar só a chuva de areia
tudo arde
é tarde
fantasia morreu.
mais uma tarde
nada é sol
no mar só a chuva de areia
tudo arde
é tarde
fantasia morreu.
caneta vermelha
cheiro de maça
meus dedos estão sujos da sua tinta
algo se confunde com sangue, geléia, batom...
simples possibilidades.
meus dedos estão sujos da sua tinta
algo se confunde com sangue, geléia, batom...
simples possibilidades.
shhhhhhhh!
já me disseram tanta coisa...
eu nunca ouvi no espelho o que diziam
na busca incessante oir carinho
só enxerguei você.
eu nunca ouvi no espelho o que diziam
na busca incessante oir carinho
só enxerguei você.
25.6.07
Back to the 60 ´s
parecia estra vivendo aquela época
a ditadura
e hoje ter cerca de 50 como a maioria naquela sala
estava sendenta por relembrar o que não física nem intelectualmente vivi
tenho referências da época
minisséries, histórias ouvidas em casa, apreendidas na escola, na fuculdade....
mas não vivi.
somente na presença daqueles registros vivos, falantes, uivantes daquele tempo ainda presente
senti.
meus olhos se encheram de água por várias vezes
senti o cheiro da luta
emoção.
a pela arrepiava-se
o medo por pouco não me chegou
só não vinha porque sempre antes de chegar eu me lembrava que estávamos em 2007
nada poderia então calar-nos
nem os cavalos, os espiões, os infiltrados, a polícia, o governo, os atos institucionais...
nada poderia nos parar
impedir leituras
cercear o falar
nada poderia deixar lá
nosso direito de ir e vir
a leitura sem rédeas
a roda de poesia engajada
os pensamentos...
ali, naquela sala
percebi o passado presente
se aparelhando para enfrentar
o futuro
o que será o futuro,
mas com palvaras...
a ditadura
e hoje ter cerca de 50 como a maioria naquela sala
estava sendenta por relembrar o que não física nem intelectualmente vivi
tenho referências da época
minisséries, histórias ouvidas em casa, apreendidas na escola, na fuculdade....
mas não vivi.
somente na presença daqueles registros vivos, falantes, uivantes daquele tempo ainda presente
senti.
meus olhos se encheram de água por várias vezes
senti o cheiro da luta
emoção.
a pela arrepiava-se
o medo por pouco não me chegou
só não vinha porque sempre antes de chegar eu me lembrava que estávamos em 2007
nada poderia então calar-nos
nem os cavalos, os espiões, os infiltrados, a polícia, o governo, os atos institucionais...
nada poderia nos parar
impedir leituras
cercear o falar
nada poderia deixar lá
nosso direito de ir e vir
a leitura sem rédeas
a roda de poesia engajada
os pensamentos...
ali, naquela sala
percebi o passado presente
se aparelhando para enfrentar
o futuro
o que será o futuro,
mas com palvaras...
para aquele dia
a imprevisibilidade entre o naufrágio e a deriva é onde o abismo de um hiato se constrói
do não saber
quando se completa em si
inesperado
o fio une as pérolas da existência
pedras fundamentais na discussão entre o nascer e o enterrar
o que chorar
o que comemorar?
o que nascer quando morrer
o que matar ao se nascer?
o que desmemoria ao se negar?
o que esquecer...
o que sentir quando aquele dia chegar?
abrir o jornal
ler o horóscopo
escolher...
do não saber
quando se completa em si
inesperado
o fio une as pérolas da existência
pedras fundamentais na discussão entre o nascer e o enterrar
o que chorar
o que comemorar?
o que nascer quando morrer
o que matar ao se nascer?
o que desmemoria ao se negar?
o que esquecer...
o que sentir quando aquele dia chegar?
abrir o jornal
ler o horóscopo
escolher...
mesmo que hoje
eu tenha ficado chateada quando e porque não devia
eu sei que não tem nada a ver a minha fuga
eu sei que eu não devia ter sido impulsiva e fugido
-só pq ele que não é nada meu tava conversando com a loirinha espalahafatosa de cabelos cacheados?
santa bobagem...
eu conversei com quem eu quis
eu abracei quem me deu vontade
eu fui eu e ele, só foi ele
e não há nenhum mal nisso
eu achei que nunca fosse sentir ciúme dele
até porque eu não posso e não tem nada a ver
ele sempre soube que nós somos amigos
e o resto é mera consequência
eu coloquei as cartas na mesa assim
ele aceitou
e tava tudo bem
eu nunca imaginei que fosse me importar,
mas agora que me importo
eu senti
e eu me importo
mas não devia
e não é motivo para susto
amigos antes de tudo
é o ideal
mas sei lá,
sensível essa semana
não segurei a onda
ela estava pesada demais
carência santa carência...
então...
achei melhor fugir
sair andando na chuva
respirando Marlboros
pensando na vida
só não valeu o joguinho de gato e rato
antes de tudo
só que a supresa
foi boa.
eu sei que não tem nada a ver a minha fuga
eu sei que eu não devia ter sido impulsiva e fugido
-só pq ele que não é nada meu tava conversando com a loirinha espalahafatosa de cabelos cacheados?
santa bobagem...
eu conversei com quem eu quis
eu abracei quem me deu vontade
eu fui eu e ele, só foi ele
e não há nenhum mal nisso
eu achei que nunca fosse sentir ciúme dele
até porque eu não posso e não tem nada a ver
ele sempre soube que nós somos amigos
e o resto é mera consequência
eu coloquei as cartas na mesa assim
ele aceitou
e tava tudo bem
eu nunca imaginei que fosse me importar,
mas agora que me importo
eu senti
e eu me importo
mas não devia
e não é motivo para susto
amigos antes de tudo
é o ideal
mas sei lá,
sensível essa semana
não segurei a onda
ela estava pesada demais
carência santa carência...
então...
achei melhor fugir
sair andando na chuva
respirando Marlboros
pensando na vida
só não valeu o joguinho de gato e rato
antes de tudo
só que a supresa
foi boa.
essa semana nada vai me parar
nada vai me prender
ninguém vai me dizer como, quando, onde nem porque
essa semana vai seguir meus passos do jeito que eu quiser andar
e vai ser assim
ninguém vai me dizer a hora de parar
ninguém vai tentar me levar a fazer o que não quero
essa semana eu não vou deixar
semana que vem faço tudo que disserem,
mas essa semana é minha
e eu sou a dona de mim.
ninguém vai me dizer como, quando, onde nem porque
essa semana vai seguir meus passos do jeito que eu quiser andar
e vai ser assim
ninguém vai me dizer a hora de parar
ninguém vai tentar me levar a fazer o que não quero
essa semana eu não vou deixar
semana que vem faço tudo que disserem,
mas essa semana é minha
e eu sou a dona de mim.
15.6.07
Seagul
Quando me ví ali vazia, oca, naquele canto vazio percebi que tinha me transformado em nuvem. Flutuava...
Parecia fumaça de algodão doce. O espaço tão grande...
Era fácil transformar-me no inimaginável. Um urso, um pirulito, em bolas de sorvete, uma borboleta e até uma gaivota.
Prefiro pensar no formato gaivota que voa num holograma e não se preocupa com nada além do nascer do sol, alimento e a lua.
Uma gaivota que briga por peixes no mar.
Uma gaivota que asa delta voa rasante e deixa que gotículas salgadas espirrem nas asas, no bico, no corpo.
Gaivota.
Sim naquele instante eu era uma gaivota sem rumo vagando pelo céu. Voando baixo...
Uma gaivota que sabia tudo e ao mesmo tempo não sabia.
Não sabia porque não pensava, mas ao contrário de mim, ela se via livre.
Uma gaivota eu que não eu.
Quando:
Superava limites...
Parecia fumaça de algodão doce. O espaço tão grande...
Era fácil transformar-me no inimaginável. Um urso, um pirulito, em bolas de sorvete, uma borboleta e até uma gaivota.
Prefiro pensar no formato gaivota que voa num holograma e não se preocupa com nada além do nascer do sol, alimento e a lua.
Uma gaivota que briga por peixes no mar.
Uma gaivota que asa delta voa rasante e deixa que gotículas salgadas espirrem nas asas, no bico, no corpo.
Gaivota.
Sim naquele instante eu era uma gaivota sem rumo vagando pelo céu. Voando baixo...
Uma gaivota que sabia tudo e ao mesmo tempo não sabia.
Não sabia porque não pensava, mas ao contrário de mim, ela se via livre.
Uma gaivota eu que não eu.
Quando:
Superava limites...
13.6.07
Libertação
Ficar em casa de madrugada
dois copos de vinho
com um maço de Marlboros
ouvindo música
lendo Bukowski em voz alta
trancada no quarto
é tão libertador...
dois copos de vinho
com um maço de Marlboros
ouvindo música
lendo Bukowski em voz alta
trancada no quarto
é tão libertador...
12.6.07
11/06 - 13:04 - Os namorados que passarem pelos restaurantes mais estrelados de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador, Recife, Porto Alegre e Curitiba nesta terça-feira vão ganhar um mimo extra.
* Para comemorar a data, a Chandon vai distribuir bolsas assinadas por Amir Slama e perfumes Kenzo.
Entre os lugares escolhidos, Ritz, Spot e Capim Santo – em São Paulo -, Miam Miam e Copa Café – no Rio – e Soho – em Salvador. Confira os presentes em primeira mão.
www.glamurama.com.br
Ah! Como eu queria ter um namorado que me levasse em um desses lugares para jantar ou num boteco para tomar cerveja 600ml na calçada.
Eu queria um namorado que me desse um buquê de rosas, um bombom ou simplesmente um beijo.
Alguém com quem conseguisse dividir todas as chatices, problemas, poemas, risadas. Alguém que não tivesse medo e não me desse medo e não fingisse. Alguém que não fosse só isso, só aquilo ou tudo isso. Alguém que não fosse só tesão, máquina de retirar carências, retalho, remendo, pedaço. Alguém que fosse doce, salgado, azedo na medida, amargo. Alguém multi-abores para que a rotina não se encarregasse de enterrar o amor. Alguém que me faça sempre trêmula, sorridente, taquicárdica e ao mesmo tempo me acalme, relaxe.
Acho que peço muito, quero muito, mas não quero nada perfeito. Quero simplesmente alguém comum, como eu acho que deveriam ser todas as pessoas em se tratando de relacionamento. É tudo muito difícil, diferente. Ninguém é igual e nem está satisfeito.
Todos os seres-humanos se superam em suas individualismos, egoísmos, egocentrismos. Ninguém está disponível para o outro. Na verdade ninguém está aberto, porque acabaram as conversas, diálogos, gentilezas, conquistas.
É tudo muito preto no branco e sem envolvimento. E quando há uma vontade de relacionamento tá todo mundo desconfiado demais para se entregar totalmente. E aí começa a pressão no outro, as desconfianças, cobranças, julgamentos...
Ano passado, nessa época eu tinha um namorado. Ele era tão diferente de mim que era difícil que o relacionamento durasse. Foram dois meses em que eu tentei me enganar achando que poderia me apaixonar por ele. Ele era gentil. Ele conquistou as pessoas ao meu entorno fazendo-se de apaixonado. Ele se enganou também. A gente começou a namorar por carência completa de ambos os lados. Corações dilacerados e uma vontade de começar de novo de forma diferente, mas a gente falhou.
Eu tinha meus eventos, minha liberdade, minhas asas e ele algumas amarras difíceis de se ver num homem da idade dele, principalmente hoje em dia. Ele tinha preconceitos difíceis de engolir e um senso de humor muito diferente do meu, mas ele conquistou minha família, meus amigos e eu achei que não custava nada tentar. E não custou. Na verdade foi até bom, pois com isso eu comecei na minha transformação de focar em mim em primeiro lugar. Ninguém se feriu nessa história, pois nem ele se apaixonou, nem eu. Só que se eu tivesse ficado de quatro por ele e sem estepe, eu teria sofrido. Nunca mais nos falamos, apesar da minha tentativa de amizade (via e-mail) depois. Ele deve ter ficado chocado demais quando ouviu de mim: - eu não sou apaixonada por você. – Ele percebeu que eu ainda gostava do tal que tinha deixado meu coração em farrapos. Ele sabia que eu ainda amava o outro, pq na verdade amo até hoje, mas o amor é tão maior e tão mais que mesmo eu estando sozinha hoje eu quero que aquele que amo, esteja feliz ao lado da nova namorada. Que ela o realize como eu não fui capaz apesar de duas tentativas. Talvez ele tenha me achado obsessiva demais, mas quando amo de verdade, sou assim, obsessiva.
E apesar de eu saber, sentir que ele também gostou (gosta) muito de mim prefiro o afastamento para que a amizade prospere. Sabemo-nos incompatíveis apesar de eu achar que seríamos o casal mais feliz do mundo, sem cobranças, julgamentos, mentiras...
Essa noite procurarei uma alternativa se a carência bater, mas é uma alternativa boa até.
A vida é feita de pequenos “revivals”, porque afinal, como já dizia aquela “velha e brega” música: “...paixão antiga sempre mexe com a gente...”.
E para dar uns beijinhos numa noite fria é melhor que seja alguém que a gente sabe que não combina em vários quesitos, mas no que eu tô pensando: a gente combina sim.
Ah! E como...
* Para comemorar a data, a Chandon vai distribuir bolsas assinadas por Amir Slama e perfumes Kenzo.
Entre os lugares escolhidos, Ritz, Spot e Capim Santo – em São Paulo -, Miam Miam e Copa Café – no Rio – e Soho – em Salvador. Confira os presentes em primeira mão.
www.glamurama.com.br
Ah! Como eu queria ter um namorado que me levasse em um desses lugares para jantar ou num boteco para tomar cerveja 600ml na calçada.
Eu queria um namorado que me desse um buquê de rosas, um bombom ou simplesmente um beijo.
Alguém com quem conseguisse dividir todas as chatices, problemas, poemas, risadas. Alguém que não tivesse medo e não me desse medo e não fingisse. Alguém que não fosse só isso, só aquilo ou tudo isso. Alguém que não fosse só tesão, máquina de retirar carências, retalho, remendo, pedaço. Alguém que fosse doce, salgado, azedo na medida, amargo. Alguém multi-abores para que a rotina não se encarregasse de enterrar o amor. Alguém que me faça sempre trêmula, sorridente, taquicárdica e ao mesmo tempo me acalme, relaxe.
Acho que peço muito, quero muito, mas não quero nada perfeito. Quero simplesmente alguém comum, como eu acho que deveriam ser todas as pessoas em se tratando de relacionamento. É tudo muito difícil, diferente. Ninguém é igual e nem está satisfeito.
Todos os seres-humanos se superam em suas individualismos, egoísmos, egocentrismos. Ninguém está disponível para o outro. Na verdade ninguém está aberto, porque acabaram as conversas, diálogos, gentilezas, conquistas.
É tudo muito preto no branco e sem envolvimento. E quando há uma vontade de relacionamento tá todo mundo desconfiado demais para se entregar totalmente. E aí começa a pressão no outro, as desconfianças, cobranças, julgamentos...
Ano passado, nessa época eu tinha um namorado. Ele era tão diferente de mim que era difícil que o relacionamento durasse. Foram dois meses em que eu tentei me enganar achando que poderia me apaixonar por ele. Ele era gentil. Ele conquistou as pessoas ao meu entorno fazendo-se de apaixonado. Ele se enganou também. A gente começou a namorar por carência completa de ambos os lados. Corações dilacerados e uma vontade de começar de novo de forma diferente, mas a gente falhou.
Eu tinha meus eventos, minha liberdade, minhas asas e ele algumas amarras difíceis de se ver num homem da idade dele, principalmente hoje em dia. Ele tinha preconceitos difíceis de engolir e um senso de humor muito diferente do meu, mas ele conquistou minha família, meus amigos e eu achei que não custava nada tentar. E não custou. Na verdade foi até bom, pois com isso eu comecei na minha transformação de focar em mim em primeiro lugar. Ninguém se feriu nessa história, pois nem ele se apaixonou, nem eu. Só que se eu tivesse ficado de quatro por ele e sem estepe, eu teria sofrido. Nunca mais nos falamos, apesar da minha tentativa de amizade (via e-mail) depois. Ele deve ter ficado chocado demais quando ouviu de mim: - eu não sou apaixonada por você. – Ele percebeu que eu ainda gostava do tal que tinha deixado meu coração em farrapos. Ele sabia que eu ainda amava o outro, pq na verdade amo até hoje, mas o amor é tão maior e tão mais que mesmo eu estando sozinha hoje eu quero que aquele que amo, esteja feliz ao lado da nova namorada. Que ela o realize como eu não fui capaz apesar de duas tentativas. Talvez ele tenha me achado obsessiva demais, mas quando amo de verdade, sou assim, obsessiva.
E apesar de eu saber, sentir que ele também gostou (gosta) muito de mim prefiro o afastamento para que a amizade prospere. Sabemo-nos incompatíveis apesar de eu achar que seríamos o casal mais feliz do mundo, sem cobranças, julgamentos, mentiras...
Hoje passarei sozinha. Ele acompanhado. Que ela o faça feliz!
Que eu fique aqui em paz com vontade de ter um namorado que não ache isso ou aquilo, que não dite regras, que não me limite. Que confie em mim. Que não me sufoque. Que me deixe livre. Que não corte minhas asas... que me faça cafuné e ande de mãos dadas comigo pelo meio da rua de madrugada. Que me deixe em casa quando eu estiver altinha. Que me ache engraçada. Que goste dos meus poemas. Que faça poemas. Que seja inteiro assim como eu também sou.
...
A vida é feita de pequenos “revivals”, porque afinal, como já dizia aquela “velha e brega” música: “...paixão antiga sempre mexe com a gente...”.
E para dar uns beijinhos numa noite fria é melhor que seja alguém que a gente sabe que não combina em vários quesitos, mas no que eu tô pensando: a gente combina sim.
Ah! E como...
11.6.07
bitter taste
farei flores com pétalas amargas
consoantes mágoas à margem de um todo novo
sendo
aqui uma caixa de pizza evaziada
com a voracidade d euma raiva que trator veloz aqui
presente traiçoeiro
ostracismo abstrato
em conchas sabor 4 queijos.
consoantes mágoas à margem de um todo novo
sendo
aqui uma caixa de pizza evaziada
com a voracidade d euma raiva que trator veloz aqui
presente traiçoeiro
ostracismo abstrato
em conchas sabor 4 queijos.
passarinhos
Um certo passarinho cantarolou hoje na minha janela e disse:
-deixa o sol entrar.
Acordei olhando para a vida e disse:
-ei! To aqui!!!! Que surpresas preparas para o hoje?
Todas impossíveis de prever
Ao sair por essa porta, não olhe para trás – ele respondeu.
Posso encher o dia de passos
Ou simplesmente sentar-me.
O tempo terá passado da mesma forma
As horas do relógio vão tiquetaquear da mesma forma
Pode ser que eu sinta fome no início da tarde
Ou tenha uma dor de cabeça tão forte que me impeça de comer
Como nessa manhã.
Nada garante que eu enfie uma tesoura no dedo, sem querer, e o corte seja tão profundo que eu desmaie no banheiro do trabalho e o oxigênio me falte por horas
Ou quem sabe aquele tão esperado buquê de rosas bata à minha porta
Com um cartão mais lindo do mundo
Ou a tão esperada ligação aconteça
Ou na hora meu telefone fique fora de área
Sinto-me num labirinto
[imprevisível]
saber do agora
amanhã,
que horas?
[não importa]
se o passarinho me acordar sorrindo amanhã na janela...
-deixa o sol entrar.
Acordei olhando para a vida e disse:
-ei! To aqui!!!! Que surpresas preparas para o hoje?
Todas impossíveis de prever
Ao sair por essa porta, não olhe para trás – ele respondeu.
Posso encher o dia de passos
Ou simplesmente sentar-me.
O tempo terá passado da mesma forma
As horas do relógio vão tiquetaquear da mesma forma
Pode ser que eu sinta fome no início da tarde
Ou tenha uma dor de cabeça tão forte que me impeça de comer
Como nessa manhã.
Nada garante que eu enfie uma tesoura no dedo, sem querer, e o corte seja tão profundo que eu desmaie no banheiro do trabalho e o oxigênio me falte por horas
Ou quem sabe aquele tão esperado buquê de rosas bata à minha porta
Com um cartão mais lindo do mundo
Ou a tão esperada ligação aconteça
Ou na hora meu telefone fique fora de área
Sinto-me num labirinto
[imprevisível]
saber do agora
amanhã,
que horas?
[não importa]
se o passarinho me acordar sorrindo amanhã na janela...
[mute]
Dizer sem falar
Quando a gente olha para alguma coisa sente
E atravessa o que passa
Sem piscar...
Faz aquilo
O que?
Apenas.
Quando a gente olha para alguma coisa sente
E atravessa o que passa
Sem piscar...
Faz aquilo
O que?
Apenas.
...
Distinguir o impossível do
Po[ssível]
sem im
sem prefixo
[desfigurado]
não sei...
pode só esse cheiro metálico largar de mim
deixando fumaça tomar novamente conta
da minha pele
sonho/respiro/penso...
pode essa lâmina desaparecer da minha mão
tomar sumiço de chá
[desobservar]
suma da minha frente faca afiada
gilete enferrujada de confusão
transforme-se numa caneta para que a raiva
saia de mim de forma outra...
não através da vontade de me mutilar nesse dia frio
parar de pensar.
Agora corre o tempo em lotes de minutos magoados
Uma quarto de hora para mim
Resto para o nunca
Ou o infinito.
Po[ssível]
sem im
sem prefixo
[desfigurado]
não sei...
pode só esse cheiro metálico largar de mim
deixando fumaça tomar novamente conta
da minha pele
sonho/respiro/penso...
pode essa lâmina desaparecer da minha mão
tomar sumiço de chá
[desobservar]
suma da minha frente faca afiada
gilete enferrujada de confusão
transforme-se numa caneta para que a raiva
saia de mim de forma outra...
não através da vontade de me mutilar nesse dia frio
parar de pensar.
Agora corre o tempo em lotes de minutos magoados
Uma quarto de hora para mim
Resto para o nunca
Ou o infinito.
"eu não quero nunca mais ouvir desculpas por você ser o que é
mas eu também não vou pedir desculpas por ser quem eu sou.
então vai
que eu também vou."
Clarah Averbuck
Descaradamente "roubado" em em : http://adiolounge.blogspot.com
Isso é perfeito demaisssssssssssss!!!!
Assinar:
Postagens (Atom)