11.6.07

passarinhos

Um certo passarinho cantarolou hoje na minha janela e disse:
-deixa o sol entrar.
Acordei olhando para a vida e disse:
-ei! To aqui!!!! Que surpresas preparas para o hoje?

Todas impossíveis de prever
Ao sair por essa porta, não olhe para trás – ele respondeu.

Posso encher o dia de passos
Ou simplesmente sentar-me.

O tempo terá passado da mesma forma
As horas do relógio vão tiquetaquear da mesma forma

Pode ser que eu sinta fome no início da tarde
Ou tenha uma dor de cabeça tão forte que me impeça de comer
Como nessa manhã.

Nada garante que eu enfie uma tesoura no dedo, sem querer, e o corte seja tão profundo que eu desmaie no banheiro do trabalho e o oxigênio me falte por horas
Ou quem sabe aquele tão esperado buquê de rosas bata à minha porta
Com um cartão mais lindo do mundo
Ou a tão esperada ligação aconteça
Ou na hora meu telefone fique fora de área

Sinto-me num labirinto
[imprevisível]
saber do agora
amanhã,
que horas?

[não importa]

se o passarinho me acordar sorrindo amanhã na janela...

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