12.6.07

11/06 - 13:04 - Os namorados que passarem pelos restaurantes mais estrelados de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador, Recife, Porto Alegre e Curitiba nesta terça-feira vão ganhar um mimo extra.

* Para comemorar a data, a Chandon vai distribuir bolsas assinadas por Amir Slama e perfumes Kenzo.

Entre os lugares escolhidos, Ritz, Spot e Capim Santo – em São Paulo -, Miam Miam e Copa Café – no Rio – e Soho – em Salvador. Confira os presentes em primeira mão.

www.glamurama.com.br

...


Ah! Como eu queria ter um namorado que me levasse em um desses lugares para jantar ou num boteco para tomar cerveja 600ml na calçada.

Eu queria um namorado que me desse um buquê de rosas, um bombom ou simplesmente um beijo.

Alguém com quem conseguisse dividir todas as chatices, problemas, poemas, risadas. Alguém que não tivesse medo e não me desse medo e não fingisse. Alguém que não fosse só isso, só aquilo ou tudo isso. Alguém que não fosse só tesão, máquina de retirar carências, retalho, remendo, pedaço. Alguém que fosse doce, salgado, azedo na medida, amargo. Alguém multi-abores para que a rotina não se encarregasse de enterrar o amor. Alguém que me faça sempre trêmula, sorridente, taquicárdica e ao mesmo tempo me acalme, relaxe.

Acho que peço muito, quero muito, mas não quero nada perfeito. Quero simplesmente alguém comum, como eu acho que deveriam ser todas as pessoas em se tratando de relacionamento. É tudo muito difícil, diferente. Ninguém é igual e nem está satisfeito.

Todos os seres-humanos se superam em suas individualismos, egoísmos, egocentrismos. Ninguém está disponível para o outro. Na verdade ninguém está aberto, porque acabaram as conversas, diálogos, gentilezas, conquistas.

É tudo muito preto no branco e sem envolvimento. E quando há uma vontade de relacionamento tá todo mundo desconfiado demais para se entregar totalmente. E aí começa a pressão no outro, as desconfianças, cobranças, julgamentos...

Ano passado, nessa época eu tinha um namorado. Ele era tão diferente de mim que era difícil que o relacionamento durasse. Foram dois meses em que eu tentei me enganar achando que poderia me apaixonar por ele. Ele era gentil. Ele conquistou as pessoas ao meu entorno fazendo-se de apaixonado. Ele se enganou também. A gente começou a namorar por carência completa de ambos os lados. Corações dilacerados e uma vontade de começar de novo de forma diferente, mas a gente falhou.
Eu tinha meus eventos, minha liberdade, minhas asas e ele algumas amarras difíceis de se ver num homem da idade dele, principalmente hoje em dia. Ele tinha preconceitos difíceis de engolir e um senso de humor muito diferente do meu, mas ele conquistou minha família, meus amigos e eu achei que não custava nada tentar. E não custou. Na verdade foi até bom, pois com isso eu comecei na minha transformação de focar em mim em primeiro lugar. Ninguém se feriu nessa história, pois nem ele se apaixonou, nem eu. Só que se eu tivesse ficado de quatro por ele e sem estepe, eu teria sofrido. Nunca mais nos falamos, apesar da minha tentativa de amizade (via e-mail) depois. Ele deve ter ficado chocado demais quando ouviu de mim: - eu não sou apaixonada por você. – Ele percebeu que eu ainda gostava do tal que tinha deixado meu coração em farrapos. Ele sabia que eu ainda amava o outro, pq na verdade amo até hoje, mas o amor é tão maior e tão mais que mesmo eu estando sozinha hoje eu quero que aquele que amo, esteja feliz ao lado da nova namorada. Que ela o realize como eu não fui capaz apesar de duas tentativas. Talvez ele tenha me achado obsessiva demais, mas quando amo de verdade, sou assim, obsessiva.
E apesar de eu saber, sentir que ele também gostou (gosta) muito de mim prefiro o afastamento para que a amizade prospere. Sabemo-nos incompatíveis apesar de eu achar que seríamos o casal mais feliz do mundo, sem cobranças, julgamentos, mentiras...

Hoje passarei sozinha. Ele acompanhado. Que ela o faça feliz!

Que eu fique aqui em paz com vontade de ter um namorado que não ache isso ou aquilo, que não dite regras, que não me limite. Que confie em mim. Que não me sufoque. Que me deixe livre. Que não corte minhas asas... que me faça cafuné e ande de mãos dadas comigo pelo meio da rua de madrugada. Que me deixe em casa quando eu estiver altinha. Que me ache engraçada. Que goste dos meus poemas. Que faça poemas. Que seja inteiro assim como eu também sou.
...

Essa noite procurarei uma alternativa se a carência bater, mas é uma alternativa boa até.

A vida é feita de pequenos “revivals”, porque afinal, como já dizia aquela “velha e brega” música: “...paixão antiga sempre mexe com a gente...”.

E para dar uns beijinhos numa noite fria é melhor que seja alguém que a gente sabe que não combina em vários quesitos, mas no que eu tô pensando: a gente combina sim.

Ah! E como...

Nenhum comentário: