120 dias a te amar
uma lembrança vaga do que passou
contemplar o horizonte dos teus olhos
para sempre
desejo estar envolvida em areia
quando com toalhas felpudas tu me enxugas
teus beijos macios
transformam meu corpo em cachoeira
e fazem do sal; açucar
te amar até o fim dos dias
quando as nuvens envolverem as paisagens,
quando carros enferrujados não mais rodarem pelas ruas
quando para locomoção: apenas asas
asas que tu me cedes
com teus carinhos doces,
tuas palavras verdade
e teu olhar tão manso
até o fim dos últimos 120 dias
de verão, outono, inverno
primavera
até o desabrochar e morte
das últimas flores que duram
despertares e noites
dias-lua, sol-manhãs...
tempo que pára
e dura infinitamente
quando abraçados e risonhos
celebramos
em agoras, instantes, momentos
nossa eterna primeira vez.
20.2.08
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário