Alheia confiro a curva bem feita dos meus pés
minhas coxas que guardam o último sol
onde se encontram
A lua acena veleiros brancos
beijando a janela escancarada
Faz muito calor por aqui
faz calor nas dunas do meu corpo
que sei, pressentes
como pressinto a delicada febre das tuas mãos
No umbigo da noite destilo vapores
lavanda e mirra para que me queiras
tanto
e temas quase nada
No teu silêncio de homem
sinto que vislumbras minhas veredas
Assim permaneço recostada
os travesseiros de pluma afagando o dorso
e te quero dessa forma inescrutável
entre o tesão e a perplexidade.
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