13.3.07

"let die"

Carregados sentimentos presos
Carga nos ombros
Efeito bigorna
Peso
Escrever pesada com a leveza de Ana C. Cesar
Para que só na nuance pessoas percebessem
Suicídio
E me deixassem morrer como quero
Nova, livre, sem amarras
Me deixassem viver só mais alguns poucos anos
E morrer de morte natural

Não fui feita pra durar
Morrer cedo como os mitos

Espinhas pipocam no rosto
Fora do tempo
Tenho 28
Manchas brancas decoram minha pele
Pulmões não são os mesmos dos 15
Anos de Marlboro
Onze anos...
Massacre!
Falta pique
Pés reclamam dos tênis
Querem saltos altos
Equilibrar-me já é impossível

Choques nas mãos, pulsos, e dedos
Repentinos, involuntários
Esforço repetitivo na frente do computador

Olhos que não enxergam mais as flores de antigamente

Morrer jovem é tão melhor
Com fracassos infantis,
Sem passar recibo de maturidade
No auge do reviver adolescência

A gente deixa uma obra desconhecida que nunca fará sucesso
Com alguma sorte vira mito e inspira outros jovens
Na maioria dos casos nada acontece
Nada acontece,
Mas já nada acontece...
Então melhor não acontecer jovem
Virar muito, virar mito, poeira ou sonho tanto faz...
Sem você... tanto faz a vida
Nada faz da vida sem você
Nada existe sem você.
Vou morrer jovem
Sem existir
Já que não existo pra você...
haver é desnecessário.

Um comentário:

Anônimo disse...

q lindas palavras, deixar a vida acontecer talvez seja a melhor saída... é o jr. (Feijão) huahua... tô começando com um blog agora, tá rolando aquele encontro no letras ainda, quero ir... bjos