1.9.08

Sobre sapatos e fome (II)

(olhares.com)

ali. tão perto. cheiro e morango mata minha fome.

é preciso rir do seu reflexo no espelho e encolher a barriga.

prender mesmo a respiração para dpois soltar a mais frenética e embriagante gargalhada.

viver assim leve

naquela terra inventada

criar histórias, palavras, rimas,

novas formas de contar até dez.

ali. tão perto.

lá onde naufraga o barco da imaginação

e eu me afogo.

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