27.12.06

Kaiser Chiefs - I Predict A Riot

Sim! Eu quero voltar pra SP prá dançar isso enlouquecidamente na pista quadriculdada da FUNHOUSE- com o Nê, a Nah e o Penta.

Tom Waits - 'Downtown Train'

Isso sempre vai me lembrar "alguém" ou alguma "coisa"...

Tem coisas que marcam
outras rasgam e fazem cicatrizes

tem cicatrizes que não fecham
outras devem ser cobertas com tatuagem
umas ficam lindas
outras avisam quando vai mudar o tempo

tem coisas que a gente sabe que não pode, mas quer...

protect me from what i want
protect me from what i don´t want

e talvez eu quisesse entrar nesse trem por toda a eternidade...

só sei que hoje, tá FODA! Tudo!

Doroty

Venha ser minha Doroty
Mágico de OZ com Alice no País das Maravilhas
tudo misturado
nesse descontinuado conto de fadas
de querer com você
uma história sem final feliz
encapsulada no tempo presente

Uma coisa assim que viva o dia a dia do calendário
um hoje,

um amanhã
hoje,

um depois de amanhã
hoje,

um ontem
hoje

um hoje
hoje
hoje !

Um tudo
hoje
agora
now!

Tudo agora hoje!
now

NÃO!!!

Tudo urgente nos seus sapatos vermelhos
nos meus pés cor-de-rosa
na pele que grita você você você
no você que deseja todos os meus mins
em cada ônibus desgovernado que passa do ponto
em cada ônibus que não dá carona quando torrencialmente chove
e o bolso está furado sem 5 reais para comprar um guarda chuva descartável

O desejo de correr é mais forte do que a vida que vela o sono
do que o sangue que corre nas veias
do que o sapatear dos seus passos procurando o arco-íris
e as nuvens com gosto de anis.

pay atention

Preste atenção no amor das mulheres
que esperam,
que choram escutando música francesa.

Mulheres passam a vida
esperando homens
que as despertem
enquanto eles
tomam vinho barato
em copos de boteco
olhando para mulheres
que nunca serão deles...

enquanto as que seriam esperam...

26.12.06

I predict a Riot - Kaiser Chiefs

Watching the people get lairy
Is not very pretty I tell thee
Walking through town is quite scary
And not very sensible either
A friend of a friend he got beaten
He looked the wrong way at a policeman
Would never have happened to Smeaton
And old Leodiensian

La-ah-ah, la la lalala la
Ah-ah-ah, la la lalala la
I predict a riot, I predict a riot
I predict a riot, I predict a riot

I tried to get in my taxi
A man in a tracksuit attacked me
He said that he saw it before me
Wants to get things a bit gory
Girls run around with no clothes on
To borrow a pound for a condom
If it wasn't for chip fat, well they'd be frozen
They're not very sensible

La-ah-ah, la la lalala la
Ah-ah-ah, la la lalala la
I predict a riot, I predict a riot
I predict a riot, I predict a riot

And if there's anybody left in here
That doesn't want to be out there
Watching the people get lairy
Is not very pretty I tell thee
Walking through town is quite scary
And not very sensible

La-ah-ah, la la lalala la
Ah-ah-ah, la la lalala la
I predict a riot, I predict a riot
I predict a riot, I predict a riot

And if there's anybody left in here
That doesn't want to be out there
I predict a riot, I predict a riot
I predict a riot, I predict a riot

E eu acho que sou...

INDIE
"Os indies são jovens que adoram rock - melancólico,
barulhento ou eletrônico -,
moda e comportamento importados."
E eu: Amei a "FunHouse"! - que é considerada :
Revista Playboy uma das 28 melhores baladas de SP
Noitada Rock and Roll : "Dá para apreciar a FunHouse sem ser do esquema indie. O som - rock alternativo de primeira - faz as belas roqueiras racharem o piso de tanto pular na pista pequena. Parece festa boa da faculdade."
O Melhor da Cidade(Guia Veja São Paulo - 2003/2004)
"Inaugurado há pouco mais de um ano, tornou-se um dos clubinhos mais queridos da moçada alternativa. Na pequena pista de dança, jovens de 20 e poucos anos se esbaldam ao som de indie rock. Às sextas e sábados, bandas ao vivo garantem a animação. No piso superior fica o lounge, com uma jukebox recheada de CDs."
Superguia da Noite(Revista VIP - 2002/2003)
"Para quem está cansado da supremacia das batidas eletrônicas, a dica é ir a esse simpático sobradinho da Bela Cintra. Lá é possível curtir o mais puro rock'n'roll. Na pequena pista quadriculada, os roqueiros de plantão se soltam ao som que vai dos Stooges (cujo segundo disco dá nome à casa) aos Strokes. O aconchegante lounge, improvisado no andar de cima, abriga um colorida jukebox que dispara mais rock'n'roll."
-AQUI no Rio...precisamos de uma... sim! sim! sim!
-Até pq nesses dias que passei em SP- me acharam com cara de no máximo 19, 20 anos... - acho que os ares da terra da garoa me fizeram bem! *rsrsrsrsrsrs

FunHouse (SP)

A FunHouse é uma casa noturna localizada na Rua Bela Cintra 567, na região da Consolação, em São Paulo. Fica num sobradinho antigo, de 1941, que já foi usado como residência, escolinha infantil e, até virar a FunHouse, em 23 de agosto de 2002, era moradia de uns coreanos que fabricavam doces clandestinamente nos fundos. Não, nós não vendemos softwares. E também não se fala “Fum-Ráuse”. A pronúncia é “Fãn-Ráuse”, assim com “a”.
Este foi, originalmente, o nome escolhido por quatro roqueiros de Detroit para se referir ao local onde eles passavam a maior parte do seu tempo, lá no final dos anos 60. A casa da diversão. Foi na Fun House que esses caras, que se auto-intitulavam Os Patetas, e eram liderados por um magrelo chamado Iggy, inventaram um jeito de tocar rock inspirado essencialmente nos barulhos emitidos pelos eletrodomésticos.
Pra não cometer um lapso histórico, vale ressaltar também que esse jeito de fazer música deu início ao que, dez anos depois, viria a ser conhecido como punk, e transformou a figura esquelética e fora de controle do vocalista em padrão de beleza e comportamento. Mas isso é detalhe. O que importa é que era lá nessa Fun House que esses quatro botavam pra fora toda a infinita eletricidade que eles captavam da vida.
A FunHouse paulistana não é bem assim. Ninguém mora lá, e esse sobrado azul-calcinha ainda não deu cria a nenhum Iggy & the Stooges. Mas também não se trata de uma casa noturna montada por empresários fazedores de dinheiro que fumam charutos e viajam pra Miami, ou por oportunistas de plantão desesperados em faturar em cima das novas tendências. É claro que seus proprietários procuram fazer seu ganha-pão com este trabalho, porque é preciso fazer a feira. No entanto, pelo mesmo motivo que, na primavera de 1970, os Patetas de Detroit se trancaram na FunHouse e gravaram 7 horas e 52 minutos de música pra fazer um disco de 36 minutos (propriamente intitulado Funhouse), os responsáveis por este estabelecimento noturno mergulharam de cabeça na missão de construir este templo porque estavam respondendo a um chamado da natureza. A FunHouse não é uma moda nem um ato oportunista.
Isso se explica em parte pelo fato deste empreendimento não ter sido feito com a intenção de agradar a ninguém que não seus próprios mentores (e talvez seja por isso que agrada a muita gente). Chame isso de personalidade, se quiser. Assim sendo, a FunHouse não se identifica com nenhum rótulo genérico (indie, ou rocker, ou electro, ou whatever). E também não corre atrás das tendências de época.
Isto posto, também fica claro que esta FunHouse paulistana não tem absolutamente nenhum parentesco com quaisquer outras fun houses espalhadas pelo Brasil e pelo mundo afora. Mas garanto que seus proprietários também não arrancam os cabelos por causa delas. Aliás, que venham outras, porque uma cidade cosmopolita precisa de opções. E se você também já se sentiu órfão de opções... seja bem vindo. Essa casa foi construída para gente como você. Divirta-se e trate-a com carinho. E depois, monte uma banda, pinte um quadro, escreva um livro, abra um negócio seu. E tenha certeza que só assim você estará fazendo a sua parte para, quem sabe, vir a ser um dos patetas você também.

Retirado de: http://www.funhouse.com.br

quando chega o verão...

Ultar-violeta de raios turquesa
absorvidos no calor do boné
abelhas pousam

sol escaldante
não sei estar aqui

eco
sentir na praia
sentar
rimel borrado

na cadeira quente
favos de mel

por favor, não sei esperar
por raízes de árvore
nem por águas de coco

não sei separar
cartas de baralho
nem fazer pic-nic

não sei
explodir
prazeres dispersos
nem ventos mundanos

ficar pelada em furacões
alheia
não gosto,
mas sei

a alma nua
olhos que me vêem
sei não...

pode ser inverno hoje.

Retrospectiva 06

esquecer
amar é tão difícil
hoje

esquecer
paixão no fundo da mala
ontem solidão

esquecer
areias no fundo do tênis

palavras
no canto do armário
solidão

gavetas abertas
coração

esquecer
solidão
coração

estar incerto
em todo longe perto

dizer em você
tudo e nada

devo me esconder
na solidão do coração
esquecida

swiming pool

aquecer piscina
tulipas boiam
ondas...

olhos negros
envenenados
mergulham
azuis no céu

santo sol
esquenta chuvas
luas negras
imaginário no futuro
das estrelas virgens

cloro arde
vazio de emoções

estar completo
ser quebra-cabeças
água quente borbulha
sangue

sopro faz bolhas de sabão
sorrio no escuro do dia
translúcida

22.12.06

Clarice Lispector (1977)

Clarice Lispector

Tavinho Paes disse que sou a Clarice lights... rsrsrsrsrs

sem querer me achar, mas...eu acredito! eu acredito!

20.12.06

Ciclos

a vida é cíclica. é engraçado como círculos abrem, fecham, abrem, fecham...
eu me cerco de cuidados e de repente...

me pego em situações tão "dejà-vu"...
tão já vividas, vistas, sentidas...
e tudo isso na minha vida acontece nos fins do ano.
sempre de novembro a janeiro.
[ENGRAÇADO]
dá vontade de gargalhar!!!
Tive dois ciclos reabertos em dezembro...
a energia começou a mudar em novembro...
e em janeiro, como isso vai ficar?
[DUNNO]
Tudo na mesma época
tudo quase igual
como dois e dois são quatro.
neste caso, no meu caso...
na verdade,
apenas três.
nada concreto,
nada palpável,
nada correto.
apenas uma estrada aberta.
uma estrada de mão dupla, aberta.
para baratinar minha cabeça,
que já é assim meio baratinada...
sonhadora,
meio louca,
pirada,
pancada...
depois de "sonhos de uma noite de verão" eu estava quieta, aqui sonhando... e o passado voltou num piscar de olhos. uma briga de um ano atrás ontem virou paz e a naturalidade...tranquila... só olhando. tudo volta como se não tivesse acabado. não é mais como era, mas parece que é o começo. só que hoje é novo. tudo novo num sorriso terno, num carinho no rosto, no beijo roubado, no desejo contido...
e no saber que o que passou
na verdade se faz presente
e ficou em nós todo esse tempo
que apenas hoje se desnudou.
é assim que as coisas são.
passado.
presente.
futuro.
tudo se mistura numa noite de verão.
de sonhos de verão real...
e tudo deverá
se eternizar
no segundo
de um beijo
nosso depois de tudo
que passou
que já,
passamos...
e é muito bom ver que alguma coisa ficou!
um dia eu acordei tão triste. sem a possibilidade de você. tão...triste.
tão triste que ao invés de chorar, sorri. tão nada que na impossibilidade de te achar, parti. tão longe que sem sapatos, sentei. tão idiota nem sequer pensei em voltar para onde te perdi. tanto frio que sem lençois, congelei na praça. tão lua que sem calefação fotografei ruas.

sem passos que na arei deixei as pegas e peles do pé.
adormeci no desmaio da noite.
sem chão,
sem fim...

sem o fim que não amanhece
para morrer em paz
sem a paisagem que me faz ser
vida.

aquarela

misture tubos de aquarela. dissolva meus rabiscos na tela. colora o vazio da vida em quadrados. limpe o pincel com tinta à óleo na terebentina, solvente que garante estúpidos e inteligentes beijos. evitando assim que a gente se canse de borboletear a vida. oprimidas línguas, unem-se na facilidade de enxergar a noite.

lies

mentiras incandescentes. amor esquecido embaixo do tapete rosa, contadas no escuro da luz de emergência na porta do elevador que sem manutenção, logo, pode parar e ir ao poço oco dos sentimentos. fumaça ganaciosa em cores descontentes imaginadas como brancas flores. fumaças surgem no jardim japonês do colchão redondo. obviedade mansa na qual te quero tanto, nunca.