não eram olhares a escorrer da retina nem pensamentos à explodir na mente.
era horror com gosto de velhas fotografias, jornais velhos e muita poeira.
na garganta, o nó e os nadas.
o grito saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou.
a língua a fazer estardalhaço e propaganda: “apresente um amigo e ganhe um prêmio”.
sem o grito ela nunca mais teve orgasmos e nem jantou à luz de velas.
ele deveria estar perdido lá no país dos sucos gástricos ou nas bolsas de alimentos já triturados, nos sacos de lixo...
ela nem desconfiava que ele estava era preso. onde(?) ela nem ousava perguntar. o medo de ouvir a resposta era maior que a curiosidade, talvez encontrasse algum espião em meio aos dentes.
Um comentário:
Ju, isso é muito bom....."um espião em meio aos dentes ,ou o grito saiu e nunca mais voltou"..... adorei querida!
Olha tô melhorando devagar mas tô!
bjs e te amo
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