no calor do quarto
barulho da chuva
lá fora
movimento e ilusões
carimbados no lençol,
altura e peso
unidade impressa
no colchão
gotas de suor
escorrem como tinta plástica
tingem nosso interior
alimentam nossos poros famintos,
sedentos,
com sede.
tenho sede de você
como o alcólatra impedido de dar o primeiro gole
preciso beber-te
aos litros
esvaziar todas as garrafas
uma a uma
em um curto pedaço de tempo
tudo o que você faz me hidrata
deixa ofegante,
mas nunca é suficiente estar em ti
quero mais
sempre mais!
é uma vontade que nunca passa
um vício, um hábito bom.
seu corpo, sua pele, seu cheiro, meu ciúme.
e tanto amor a gente cria
que a qualquer momento
um monstro pode surgir
no meio do nosso estômago
e falar uma língua incompreensível
é possível que ele seja
a personificação do enorme desejo
que nos invade como facada
e fere nossa alma
a cada uivo mais alto,
a casa sussurrar de palavras sujas no ouvido
no sentir de cada sopro de vida
que sua boca venta em meu corpo.
27.1.09
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2 comentários:
Jujuzinha sempre romântica!!! Adoro!!!! Saudades!
beijos!!!
Que amor mais despido!
Forte e doce...
Muito bom!
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