por mais que me seja fácil
difícil ou impossível admitir
adoro brincar de “esconde-esconde”
esconder sentimentos
e ser pega a fazer travessuras
mostrando o que não se deve
assumindo
“eu te amos” em cada baixo de escada,
traseira de estante, pé de cadeira.
sempre eu, escondida
sendo pega pelo acaso
capturada por imãs invisíveis
a que cochicha alto
a que ri primeiro
olha nos olhos
a faminta,
a sedenta
a que é difícil compreender
a que quer ser entendida
e paga mico
a que desaparece
este não é um poema de amor
sou aquela que tem medo da dor,
da tatuagem
da cirurgia plástica,
do atropelamento
pé torcido,
dente cariado,
buraco no coração.
não tenho medo do pulo do abismo;
e nem da queda.
por mais que me seja fácil, impossível ou difícil negar
teu cheiro me enlouquece os sentidos
cola nos meus cabelos feito chiclete
impregna meus poros
a sensação do teu beijo é o melhor dos desmaios
o toque da sua pele é veludo de mais alta qualidade
e suas mãos fortes, suas carícias o lençol mais macio
seu corpo no meu é um manto de luz
uma manta de paz
é kama-sutra, yoga,
e tudo mais de místico que possa ser criado
para elevar a alma
o que escrevo agora, não é um poema de amor, mas um desabafo de amor
o que escrevo é o que sinto,
o que sou
quando sozinha e quando com você
o que sinto não é descartável como saco plástico,
absorvente íntimo
camisinha
o que sinto é o que sou
o que escrevo é um todo maior
sem qualquer dimensionamento
o que sou é o que sinto
enquanto escrevo pensando em você
com você, longe-perto de você,
enquanto pensamos, sofremos,
brigamos, sentimos
e nos permitimos ser iguais
mesmo com todas
todas,
todas,
TODAS!!!
as diferenças.
2 comentários:
sempre eu, escondida / sendo pega pelo acaso / capturada por imãs invisíveis
a que cochicha alto / a que ri primeiro / olha nos olhos...
mana: só por esses bversos o poema vale ouro...
Ju,
eu tenho que concordar com o Tavinho, o poema é lindo mas, estes versos valem ouro!
bjs meu amor,
adriana
Postar um comentário