24.3.09
sobre margaridas e canções de amor (II)
particular
como o barulho da onda nas pedras
é o meu amor
distribuído aos pedaços
tal qual chocolate
dividido em micro-retângulos
pétalas no chão
de flores despetaladas
não quero resgatar esse sentimento
dos outros
[ele é meu, somente]
puro, leve, perfumado e meu!
posso amar o mar e todas as cicatrizes
olhares, desmoronamentos ...
e causar terremoto ao andar em círculos
[ser mistério na claridade]
derreter como sorvete ao te sentir
soprar bolhas de sabão e pólem
em direção aos meus outros sorrisos
[deles todos!]
uma ação não invalida
nem desvaloriza todas as outras
apenas tento não me deixar afogar
em excessos
desejo livrar-me deles
e isso leva tempo
muito tempo e lágrimas
para longe de mim.
é isso que também quero do meu amor
livrar-me dele!
para que ele voe livre
para os outros
para que ele saia de mim como suor
exercício físico de alto impacto
para ele pingar aos montes!!!
deixar que o tempo faça papel de água
sabonete líquido e esponja
banho
para que toda tesoura fique cega
em amanheceres
quando nada pode ser cortado
em se tratando do meu amor.
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