13.8.09

sobre fagulhas e pudim de leite (V)


quando seus braços me aquecem,
eu,
coberta de você
visto-me de sonho
e de noite,
de madrugada

-sou hipnose-

sua língua
percorre meu corpo
e costura com beijos
uma colcha
-com retalhos de mim-

ao seu lado,
no cavalgar da madrugada,
respiro seu ar ofegante
e profano
enquanto sinto
o amanhecer
que se aproxima
-pólem-
retirado das flores
por suas mãos
abelhas
que me acariciam forte

e no agora desse atrito,
surge o mel contido em mim
- sorvete -
derretido,
expelido doce
do dentro
de mim
e explode
em essência
de amor

assim, o prazer
misturado de nós,
me escorre das pernas

acordo sorrindo
te olho

você também
sorri

Um comentário:

Juliana Porto disse...

Ah!Que delícia de poema.

Beijocas.