por quantas luas
meu olhar irá sobreviver
-ainda-
e respirar verdades imaginadas
num futuro próximo presente?
uma gama nova
de verbos no dicionário
e os versos da minha vida
surgem
num espaço
placa tectônica de tempo
-que se perdeu terremoto-
em meu corpo
na estante,uma boneca
-réplica repetição de mim-
e o mesmo tufão de sentimentos
rodopia pelo quarto
assim,
saio por aí
ventania
fazendo voar
tudo que sinto
por isso,
consigo derrubar
em rios gélidos
enxurradas de concreto,
amor e ardência
ardo em queimaduras, bolhas
e abelhas
nas frestas e tremores
do meu corpo
espelho
meus olhos de sorriso
e respirações ofegantes
transitam por quantas luas?
será que minha visão
ainda tem tempo de esperar
-dias e noites-
para que minha alma anteveja
o sentimento presente
que desenha na alma
corações avermelhados
de paixão?
nuances da minha juventude
esquecida em luas
-regressões projetadas-
numa tela estrela
de cinema mudo
o sol brilha estreito
no céu azul da minha boca
e meus dentes mordem
com voracidade
o que sinto
no seu pescoço
minhas unhas cravo
quando perto
e enquanto
seus braços
são enroscados corda
em volta do meu corpo
-em delírio-
sinto suas mãos
me rodeando e apertando
assim tão claras
como o brilho
de uma purpurina diamante
transparente cristal
-a lua chega-
esperei pacientemente por ela
e ela, ansiosa e amarela
grita nos meus ouvidos
enquanto o vento
sopra a boa nova
-a novidade-
você chega
e esta perto
-dentro de mim-
mais uma vez
essa noite
Um comentário:
Noite de lua nova ou cheia?
Ui.
=)
Beijos, Ju.
Postar um comentário