19.8.08

Amor, uma série (IV)

(olhares.com)

eu te amo.

sim! é amor e eu não deveria estar questionando isso, mas é difícil viver nessa indefinição. nesse talvez...

é o tipo de coisa que mata e faz querer subir pelas paredes e gritar ou dá vontade de sair andando pela droga da rua com olhos mergulhados num rio de lágrimas. essa indefinição sobre o que eu represento na sua vida ou sobre até que ponto eu posso ser saudade para você. sobre o que são nossos corpos abraçados numa cama ou o que é nossa mistura de saliva num caldeirão de beijos. o que é gelado e o que são nossas mãos entrelaçadas. o que elas podem transferir de calor para nosso mundo. o que sou calada e você também calado. o que somos tagarelas?

como somos?

o que são gemidos no meio da noite? O que pode representar um rabo de cavalo que esfacela com o balançar do ônibus? o que é mais impessoal: seu “obrigado” ou seu “minha filha”? o que é mais rico “seu minha linda” ou seu “meu amor”? quero ser sempre sua “estrela guia cinderela”.

tudo ou nada.

se isso é amor...

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