abro meus olhos
-aos poucos-
e percebo
em cada raio de sol
-que surge pela janela-
a magia
-a mágica-
de um acordar
lento
que invade os olhos
e provoca
-excita, estimula-
o meu olhar
de foto
grafia
na geografia
de teu corpo
-nos mapas-
que meu corpo
desenha
em teu corpo
palavras ritmadas
-respiradas, cadenciadas-
agitam-se
num movimento
-contínuo e constante-
tal qual o dos
seus dedos
quando
tocam
minha pele
e adormecemos
tranqüilos
e exaustos
de tanto querer
abro meus olhos
e é um despertar macio
que sinto
-tal qual pétala de flor-
que aconchega
os sentidos
e me faz querer
ser sua
a cada dia
a cada dia
mais
-sua-
ao saber-te
-dentro-
da alma
que habita
em mim
e dos sentidos
e sentires
que invadem
que entram
em
meu peito
pelos poros
nossos poros
-cantam-
o nosso suor
derramado
-mas não desperdiçado-
e ao chegar
a noite
escutamos
os acordes
que adormecem
em nós
[sem toque de recolher]
Um comentário:
Nota: Sol ou um dez pela escrita.
Belo poema.
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