Da série: "quando a alma não é pequena"
de um sopro
repentinamente a noite surge
transformando conversa e agitação
em uma cama calma quente e escura.
o silêncio total é percebido
quando um vento súbito
quebra algum galho de árvore
e os cachorros latem como caçadores
para alertar
que alguma coisa
alterou-se naquele jardim,
mas não é nada
– apenas um galho –
[mais um de tantos galhos pelo chão].
o vento continua a espantar o silêncio
e o quarto fica um pouco mais fresco
e só isso.
a guerra pelas cobertas continua santa e amorosa
as respirações continuam música
a confortar o coração
e é tudo tão calmo
nos braços e abraços
e pernas em cima de pernas
que mesmo o empurrar da cama
não é violento.
beijinhos tornam-se passaporte para o resgate
do lugar no colchão
e não é preciso que seja balbuciada
palavra
neste momento
necessário apenas
leves toques de lábios
acariciando as costas
e braços...
até que a escalada
se faça total.
algumas cócegas
se fazem também
- às vezes -
necessárias
e é tão bom
ouvir seus resmungos inconscientes
enquanto dormes...
o dia lentamente surge
e o frio contido debaixo das cobertas
se transforma em raios de sol
doces, quentes
invadindo a fresta da janela
e ao longe o canto do galo
-que canta afinada e desesperadamente nas horas erradas –
anuncia que está na hora de acordar.
é preciso que a noite, a madrugada
fiquem para trás
e que as pálpebras sejam abertas
para que o beijo de cara amassada aconteça.
assim o dia se faz tranqüilo
o beijo mais forte depois do café
bem recebido
para que o dia passe
dê as mãos para a tarde
e abra caminho para a noite
a cama, o quarto quente
e a guerra amorosa e santa
debaixo das cobertas.
repentinamente a noite surge
transformando conversa e agitação
em uma cama calma quente e escura.
o silêncio total é percebido
quando um vento súbito
quebra algum galho de árvore
e os cachorros latem como caçadores
para alertar
que alguma coisa
alterou-se naquele jardim,
mas não é nada
– apenas um galho –
[mais um de tantos galhos pelo chão].
o vento continua a espantar o silêncio
e o quarto fica um pouco mais fresco
e só isso.
a guerra pelas cobertas continua santa e amorosa
as respirações continuam música
a confortar o coração
e é tudo tão calmo
nos braços e abraços
e pernas em cima de pernas
que mesmo o empurrar da cama
não é violento.
beijinhos tornam-se passaporte para o resgate
do lugar no colchão
e não é preciso que seja balbuciada
palavra
neste momento
necessário apenas
leves toques de lábios
acariciando as costas
e braços...
até que a escalada
se faça total.
algumas cócegas
se fazem também
- às vezes -
necessárias
e é tão bom
ouvir seus resmungos inconscientes
enquanto dormes...
o dia lentamente surge
e o frio contido debaixo das cobertas
se transforma em raios de sol
doces, quentes
invadindo a fresta da janela
e ao longe o canto do galo
-que canta afinada e desesperadamente nas horas erradas –
anuncia que está na hora de acordar.
é preciso que a noite, a madrugada
fiquem para trás
e que as pálpebras sejam abertas
para que o beijo de cara amassada aconteça.
assim o dia se faz tranqüilo
o beijo mais forte depois do café
bem recebido
para que o dia passe
dê as mãos para a tarde
e abra caminho para a noite
a cama, o quarto quente
e a guerra amorosa e santa
debaixo das cobertas.
Um comentário:
Coisa boa!
De fechar os olhos e entrar no papel.Tem coisas que são irresistíveis assim.
Abraços.
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