1.6.09

sobre paraísos e diálogos imaginários (IV)

eu te amo tanto, mas tanto
tanto

... que tenho medo de esquecer o seu rosto e enlouquecer. medo de cair. bater a cabeça e me esquecer do frescor que a sua pele traz para a minha pele - e da nova decoração - que você imprime em meu corpo.

... medo de perder o seu toque suave para outra - que pode não perceber essa suavidade tão suave do - seu toque, dos seus dedos na pele, no corpo, nos poros e até por dentro. Seus dedos suaves e seu sorriso honesto. Seu querer de verdade. Seu sentir que respira e canta as mais lindas músicas no meu ouvido.

eu te amo tanto, mas tanto
tanto

... que tenho medo de ficar sem você e enlouquecer. Eu queria tanto te ver todas as horas e através de todos os passarinhos que cruzam minha janela e de todos os carros brancos que atravessam as ruas por onde passo. Eu queria tanto te ver em todas as luas cheias, novas, minguantes e dormir com seu braço embaixo do meu pescoço.

meu corpo nu junto com o seu a girar como hélice do liquidificador a triturar demônios a pingar suor e lavar tudo - livrando nos de toda sujeira que por ventura tenha nos dominado, entrado em nós, penetrado – como a arma com a qual você me invade a alma e me faz a mulher mais feliz dentro da menina mais risonha. O menino mais peralta com o homem mais experiente.

somos nada mais do que uma bela mistura. A química perfeita. O encontro marcado no dia, hora, minuto, segundo e local – certos.

eu te amo tanto, mas tanto
tanto

... que mesmo que me faltasse alguma coisa eu estaria completa.

eu te amo tanto tanto tanto, mas tanto...

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