5.1.07

Chilling

lobos no asfalto tranquilo na face da coragem eletrecutada
é poderoso saber se é nada em si mesmo
ensimesmado, enciumado
enquanto madeira

cansa o respirar
é bom sentir medo
ouvindo o barulho do mar
pensar ser sorriso
quando lágrima de escolha escorre
para lá, pro lado de lá
de estar aqui, mas tão aqui
que
chega a doer o ombro
a mão vai devagar
divagar transparente como nunca tarde...

a tarde? é tarde e se tardia, a consciência percebe ao fundo o copo vazio de mágoas e cheio de gim.

viver é assim
afogar sentimentos
e fingir
é alcoolismo

sofrer na sobriedade
é falta de ar

doer a ausência do que impulsiona a vida;
hipocondria!

e nós nos entupimos de misérias para escorregar da cama no dia seguinte
em busca da mola mestra que
congela mãos,
entrsitece o cérebro
stressa a alma

seduz...

enquanto nos entorpecemos,
o coração morre
tentando esconder o que mente.

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