24.4.09

sobre paraísos e diálogos imaginários (III)


eu queria tanto,
mas tanto
tanto, tanto...
que você tivesse algum tempo para mim.

um tempo para ouvir minhas idéias e sentir minha respiração. um tempo para criticar minhas idéias, dirigir minhas idéias...
para me dar a mão e aceitar minhas idéias e dirigir minhas idéias e digerir minha presença em sua vida. sua presença em minha vida.

um tempo para alimentar esse vazio lacuna, abismo, ponte tombada entre nós dois.

um tempo para me entender, conversar e escutar as batidas do meu coração. - mas, seria tudo um engano, sabia? mais um engano. outro equivoco em nossa existência. em nossa i-n-s-i-s-t-ê-n-c-i-a.

porque mesmo a gente se conheceu? como mesmo; a gente se conheceu? a gente se conheceu? porquê?
porquê a gente se conheceu?

ah! lembrei! para você brincar comigo feito gato e rato. me fazer de gato e sapato; me sufocar.

tem dias em que eu desejo um tempo seu para mim, mas depois penso que isso seria idiota, infantil e inadequado como nós dois e a nossa história. a gente teve história?

tem dias em que eu queria um tempo seu para ouvir minhas idéias, mas isso, seria um engano. mais um. mais um de tantos...
isso seria um erro. mais que isso; uma necessidade de me enterrar mais fundo. de me enterrar viva. um equívoco. mais um - equívoco.

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