Meu coração é um pardieiro
Uma bagunça louca num sala e quarto qualquer
todo lixo esquecido embaixo da cama
todo suspiro rasgado do tango
as mordidas erradas na jugular
o papel amassado na lixeira
o extrato bancário
a caneta estourada
o grito contido
a lágrima sem gosto
o sorriso sem chão
o chá com açúcar
e tudo o que não presta
cheio de marcas e cicatrizes feias
o coração tem muita coisa pra sentir
e covarde,
apanha sem bater.
Tanta vergonha guardada
Tanto amor amargurado
Tanta dor, tanto vício...
Meu coração infestado de erva daninha
O jardim sem paisagem
E o fósforos molhados demais
Para acenderem paixão.
7.11.06
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Um comentário:
BELO, MOÇA!
BELO
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