Em face das necessidades biológicas
no corpo físico te querer gênio
Em face ao sentimento amor
te querer necessário
Em face da desgarrada paixão
te querer agora
Em face a lâmina cortante em meu pulso
te fazer desejo
Em face a fagulha que pólvora acesa produz
te querer beijo
te querer faminto
te querer língua sedenta
te querer abraço apertado
te querer cheiro na nuca
te querer mãos firmes e
olhar dócil...
Em face ao mundo basta te ver
para querer-te sombra
enquanto nuvem na chuva branda que o calor traz
Você meu no céu cinzento
pra cantar meu corpo manso de azul e paz
pra aquietar meu instinto animal
pra ser rédea na minha cintura
pra dominar a fera que em mim habita quando você
me faz mulher no tapete sem dono
no vazio das minhas vírgulas
no prazer das minhas perguntas
na espera longa que o vento traz de volta para a terra
dos impossíveis amores nossos imbecís
28.11.06
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