1.7.09

eu nasci...


há trinta e um anos atrás...

e nesse mundo não há nada que eu saiba.

vivo cercada por coisas que sinto, percebo, vivo!
nada que se pegue nas mãos, mas muito que carrego nos ombros, na mente, no coração. fragmentos.

sou um pedaço de quebra-cabeça ainda; uma peça - às vezes perdida ou encontrada.

muitas vezes me perco, me acho, me colo com "araldite", "superbonder" e até cola "polar" - sim! cola plástica, de colégio mesmo.

há muito e muito procuro. deparo-me com surpresas pelo caminho - algumas agradáveis, mágicas, sem explicação... outras... ah! outras tão esquisitas e desnecessárias.

muitas vezes a peça que tenho nas mãos para "me montar" não é a peça certa, mas tenho amigos, sabe?! eles me fazem perceber que nem tudo está perdido e que existe esperança para continuar, mas - continuar o que?

a busca, oras!

por entendimento - ser entendida e entender. viver, sentir, perceber. compreender. segurar nas mãos algumas certezas e até àquele primeiro raio de sol da manhã e olha que tem sempre um amigo me dando um papel "kleenex" para assoar o nariz, pois sempre acordo alérgica.

eu nasci há trinta e um anos atrás e continuo tendo um ano de idade quando se trata do meu aniversário. é sempre uma data especial, sempre me surpreendo com o carinho das pessoas comigo; pessoas digo; amigos - de onde acho que nem tanto carinho assim tem, acabo recebendo um caminhão de afeto e beijos e abraços e palavras belas e verdadeiras.

sei reconhecer quando estão sendo falsos comigo - os amigos não; as pessoas - pois parte-se sempre do pressuposto que amigos são amigos e ponto final. e sim, sabe... tenho amigos... e tão de verdade... que posso pegá-los nas mãos e carregar no colo.

amigos, como já disse em um poema anterior - são as figurinhas do meu albúm - amigos são as peças do quebra-cabeça que procuro. amigos são o melhor pedaço de bolo, o chocolate mais macio, o poema mais perfeito e tudo de melhor que o mundo, a vida podem oferecer... a existência.

amigos, meus amigos são a minha experiência e a minha razão de existir e viver. só estou aqui pelos amigos - só caminho para frente e continuo a minha busca, porque tenho amigos e sempre por perto. antigos, novos, no meio do caminho... amigos.

sempre - meus amigos - me salvam do abismo, do poço, das coisas ruins... das núvens negras. - mas não os tenho; cultivo, só por isso...

e sim porque gosto de celebrar, de sorrir, falar bobagens, ler junto, escrever junto, tomar cerveja, falar poemas, discutir literatura, filosofia, relacionamentos amorosos com eles. gosto de estar com eles e gargalhar. gosto quando eles "pisam nos meus calos" e brincam comigo. gosto de ser criança com eles... e adolescente, adulta também.

gosto de crescer com eles. e entender, descobrir o mundo ao lado deles... explorar, reconhecer território, partilhar descobertas. gosto de viajar para a lua com eles, sair por aí na calda de algum cometa e procurar o fim do arco-íris.

gosto de pisar no chão com eles e até das asas que eles desenham nas minhas costas.

meus amigos não nasceram há trinta e um anos atrás como eu (uns antes, outros depois), mas... são parte integrante de mim.

*para Ana Velho, Júlia Prada, Karla Sabah, Thereza Cristina Rocque da Motta, João José de Mello Franco, Marcelo Nietzsche, Maria Letícia Matta, Pedro José, Dalberto, Pedro Lago, Pedro Lage ( e sua Juju), Rogério Eppinghauss, Gigi e Maria do Carmo.

*
mamãe e celinho e papai (onde você estiver)

(me ative a só listar esses acima para também agradecer pela presença no meu aniversário ontem, mas amigos... ah! são tantos... que não tem porquê ter ciúme, pois senão não teria, post - apenas uma lista imensa de nomes)

Um comentário:

Adriana Monteiro de Barros disse...

Ju,

mil beijos e um queijo minha ratinha querida. Espero que os novos tempos sejão de muito brilho e poesia na veia. Parabéns e curta Paraty como se fosse "praontem"!

beijocas
adriana

ps: quando vc chegar a gente combina um almocinho com a Maysa pra comemorarmos ainda o niver, tá bom?
beijos