10.7.09

sobre alma e reflexos no espelho (II)


a ponto de explodir como dinamite em construção condenada pela defesa civil – assim estou.


o pavio aceso e cada vez mais próximo do fim.


é certo que não deveria ser assim. não devemos ficar assim quando está tudo dando certo. quando apenas alguns pequenos tropeços e topadas nos acompanham. é coisa tão pequenina, insignificante que até mesmo uma formiga se torna mais que isso tudo; que é nada.


a ponto de explodir porque está tudo dando certo e não me conformo com nenhum tipo de estado de anestesia.

bocas sorriem para mim por todos os lados e eu não consigo perceber para onde olhar. e eu sempre soube que tudo e nada se misturam, mas já disse que não sei.

não sei de nada, nada, NADA!


não sei nada sobre implosões

- apenas que espalham poeira no desabar dos prédios e só-

já disse que não entendo de cálculos,

nem de física,

química, matemática.


não entendo de nada disso.

nada entendo.


nada sei além de

voar.

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