21.7.09

sobre fagulhas e pudim de leite (I)


meu rosto queimado por pensamentos
-equívocos-

mãos espalmadas
-de tapas ou ilusões-

sentir
para escrever

sentar no canto


lágrimas que choram
sem perceber

perdida de mim
-choro-
sem perceber

sinto que não estou mais presente
não estou aqui
nem lá
-onde posso estar?-

na saliva gostos
nem amargos, nem doces demais
apenas ruins
-de espera, de mal entendidos, de não entender-

sobram restos de conversa
de dito pelo não dito
-de escolha-

de escolher o lado do amor
de escolher ficar ao lado
do amor

amor meu
esse que não entende os porquês
-motivos-

amor meu esse do qual eu falo demais

meu corpo grita
-demais-
minha língua deseja calar,
mas minha boca
grita
aos quatro ventos
meu sentir
errado; mas de verdade

muitas vezes,
na maioria das vezes
quando ouço o coração bater
ele cansa de soprar errado
-é esse!-
e não ser,
mas eu escuto
acredito nele
- no coração-
e vou

sigo em frente
-enfrento-
é errado, eu sei
[sempre]
ouvir a voz do coração

ele já perdeu a credibilidade
parece até um papagaio de repetição
-é esse! é esse!-

o problema é que eu acredito nele todas as vezes
e me entrego
e aí...
acabo perdendo a credibilidade
e meus sentimentos não se fazem mais
escutar
e eu fico perdida
sem credibilidade
sem amor


eu, o coração que não se escuta,
minha falta de senso e direção
meu grito preso
e as palavras e
sonhos
que ainda não
sonhei

2 comentários:

Juliana Porto disse...

Recomendaria um cardiologista! =P
Não sei se ele consegue ser mais teimoso do que nós, mas podemos culpá-lo, assim que acharmos necessário.

Um sonho novo e o mesmo coração para ti.

Beijocas, Ju!

jupyhollanda disse...

Ju, Tum-tum. tum!