16.7.09

sobre paraísos e diálogos imaginários (VIII)

... aqui tubarões me circundam com suas nadadeiras e dentes afiados à procura de algo que satisfaça seus superegos famintos - por si mesmos - e ávidos para mastigar e deglutir o outro que apenas deseja e sabe, voar.

[voar. voar assim como as gaivotas. aquelas diferentes gaivotas que almejam alcançar o mais alto dos céus, como "Fernão Capello Gaivota" uma vez o fez.]

... vencer desafios, transpor barreiras, obstáculos - são demonstrações de força e superação - tal qual - não deixar nenhum homem encostar numa mala pesada que você carrega, pois não deseja ser vista como frágil e nem como fútil. você mulher, não deseja que nenhum homem jogue na sua cara que carregou a sua mala e por isso, ele merece algo mais que um obrigada simples e sincero.

... o calor que vem debaixo domina o corpo todo e os sentidos quando ao lado do homem amado - que esquecemos no fundo do armário - e ele, nos persegue quase diariamente com juras de amor eterno e constatações de que somos nada mais que o casal perfeito na eterna e mais perfeita representação do paraíso.

... assim, a gente deixa a armadilha coração de novo aberta e se entrega àquele amor que sempre tivemos certeza - mesmo quando deixamos que ele adormecesse - que é para sempre.

[depois disso, não há fogueira que apague com água, com gelo, com palavras e nem com inveja, olho gordo e mal-dizeres.]

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