30.11.06
momento raro
digitei no google para ver o itinerário dos ônibus a seguinte pergunta:
Qual ônibus eu pego para ir do Castelo ao Circo Voador?
mas o google não me respondeu...
e eu continuo sem saber
Qual ônibus eu pego para ir do Castelo ao Circo Voador?
mas o google não me respondeu...
e eu continuo sem saber
29.11.06
Conteiner
"A woman in a man's body.
A man in a woman's body.
A man in a woman's body.
Jesus in Mary's stomach.
The water breaks.
It floods into me.
I can't close the lid.
My heart is full."
pergunta
Será possível medir a intensidade e o brilho das estrelas que no céu estáticas suplicam amor?
Depois
Faca sobre a mesa
Parto
Bolo de cenoura tua ausêncai torta me faz querer
Esperando tola
Esperançosa de ilusões
Crio em sonetos
O milagre da não rima do teu amor
A passar inocente as mão pelos meus cabelos
A roçar o nariz no meu pescoço
Para roubar o último suspiro
Do perfume em minha pele
Meus poros mortos sem teu carinho,
Meus olhos que brilham com teu piscar,
A meninice inocente do frescor sweet sixteen com quase 30
Que você me dá quando está perto.
Me iludo
Iludo-me
Sim iludo minhas entranhas
Imagino,
Fantasio, quero!
Quero! Desejo! Sinto! Vibro!
Bate o coração
Explosão
Parece que vai sair pela boca
As pernas trêmulas
O sour frio escorre
A mente pulsa
É ele! É ele! Tum! Tum! Ele! É ele! Tum!
Os neurônios em algazarra
Brincam de pique-pega
Como crianças levadas gritam:
Faça! Faça alguma coisa! Faça!
E eu não faço nada
Longe de ti
Não faço nada
A faca sobre a mesa
O coração quebrado,
Parado, perdido, sangrado
Escorrendo dúvidas nas minhas mãos
Não faço nada,
Parto.
Parto
Bolo de cenoura tua ausêncai torta me faz querer
Esperando tola
Esperançosa de ilusões
Crio em sonetos
O milagre da não rima do teu amor
A passar inocente as mão pelos meus cabelos
A roçar o nariz no meu pescoço
Para roubar o último suspiro
Do perfume em minha pele
Meus poros mortos sem teu carinho,
Meus olhos que brilham com teu piscar,
A meninice inocente do frescor sweet sixteen com quase 30
Que você me dá quando está perto.
Me iludo
Iludo-me
Sim iludo minhas entranhas
Imagino,
Fantasio, quero!
Quero! Desejo! Sinto! Vibro!
Bate o coração
Explosão
Parece que vai sair pela boca
As pernas trêmulas
O sour frio escorre
A mente pulsa
É ele! É ele! Tum! Tum! Ele! É ele! Tum!
Os neurônios em algazarra
Brincam de pique-pega
Como crianças levadas gritam:
Faça! Faça alguma coisa! Faça!
E eu não faço nada
Longe de ti
Não faço nada
A faca sobre a mesa
O coração quebrado,
Parado, perdido, sangrado
Escorrendo dúvidas nas minhas mãos
Não faço nada,
Parto.
nano poemas
Como um vinil arranhado
A mania de andar em círculos se revela.
~~ *~~
Sobre ela guarda-chuva
Proteção contra água
Que encontra cabelos.
~~ *~~
Filtro livre
Vento inverso
Em versos faço
Divisões de leves letras.
~~ *~~
Ciúme
Certo medo
De perder pimenta
Na comida quente
Temperada com dedos de amor.
~~ *~~
A morte traz cheiro de rosas
Perfume é a dor de estar viva.
~~ *~~
A mania de andar em círculos se revela.
~~ *~~
Sobre ela guarda-chuva
Proteção contra água
Que encontra cabelos.
~~ *~~
Filtro livre
Vento inverso
Em versos faço
Divisões de leves letras.
~~ *~~
Ciúme
Certo medo
De perder pimenta
Na comida quente
Temperada com dedos de amor.
~~ *~~
A morte traz cheiro de rosas
Perfume é a dor de estar viva.
~~ *~~
não me peça explicações
Não entendo o que escrevo.
Você entende?
Não peças para que eu explique meus traumáticos poemas inconscientes nas Freud-junguianas teorias.
Não peças para que eu transforme minhas imagens soltas em fotografias explicativas, telas de Da Vinci nem em esculturas de Rodin ou Camile.
Não peças para que eu saiba explicar com detalhes minha essência, meus desejos e nem as loucuras que levianamente cometo por aí.
Não sei. É simples. Não sei. Simplesmente o que eu represento enquanto humana, nem o que minha cabeça pensa racional, o que acham de mim, o que falta em você, o que é preciso em nós.
Não sei nem hipoteticamente contemporizar explicações, porque na verdade nem sei quem sou.
Não faças reclamações sobre minhas frases soltas. Completas ou in. Nem sobre as tolas, clichês, idiotas, erradas, burras, sem sentido, esquisofrênicas, psicossomáticas, rebeldes, rodopiantes, psicotrópicas, psicóticas, roubadas, anfetamínicas, marias Joana, cervejas, geladas, destiladas, sortudas, bonitas, sentadas, magnéticas, venenosas, vagas, bêbadas, sóbrias, leves, lívidas, doloridas, alegres, irremediáveis, calculistas, calculadas, metricadas, geométricas, sentimentais.
Eu não sei
Eu não sei explicar
Eu não sei explicar
Eu não sei explicar o que escrevo porque não entendo o que insiste em mim.
Você entende?
Não peças para que eu explique meus traumáticos poemas inconscientes nas Freud-junguianas teorias.
Não peças para que eu transforme minhas imagens soltas em fotografias explicativas, telas de Da Vinci nem em esculturas de Rodin ou Camile.
Não peças para que eu saiba explicar com detalhes minha essência, meus desejos e nem as loucuras que levianamente cometo por aí.
Não sei. É simples. Não sei. Simplesmente o que eu represento enquanto humana, nem o que minha cabeça pensa racional, o que acham de mim, o que falta em você, o que é preciso em nós.
Não sei nem hipoteticamente contemporizar explicações, porque na verdade nem sei quem sou.
Não faças reclamações sobre minhas frases soltas. Completas ou in. Nem sobre as tolas, clichês, idiotas, erradas, burras, sem sentido, esquisofrênicas, psicossomáticas, rebeldes, rodopiantes, psicotrópicas, psicóticas, roubadas, anfetamínicas, marias Joana, cervejas, geladas, destiladas, sortudas, bonitas, sentadas, magnéticas, venenosas, vagas, bêbadas, sóbrias, leves, lívidas, doloridas, alegres, irremediáveis, calculistas, calculadas, metricadas, geométricas, sentimentais.
Eu não sei
Eu não sei explicar
Eu não sei explicar
Eu não sei explicar o que escrevo porque não entendo o que insiste em mim.
geografia
Bloqueio beta-caroteno e omega 3 na sua anfetamina antropofalsa
{èlan}
perguntas frágeis minhas
facilidade flauta não sabe sofrer
dor cabelos longos
face sombria sobra
solta boceja incerta
no despertar doido que se clama guerra
frio iceberg santo
degelo incerto
pólo norte antes
pingüins vão mutantes
metafísicos,
marcianamente morrer em quentes águas limpas de Brasil.
{èlan}
perguntas frágeis minhas
facilidade flauta não sabe sofrer
dor cabelos longos
face sombria sobra
solta boceja incerta
no despertar doido que se clama guerra
frio iceberg santo
degelo incerto
pólo norte antes
pingüins vão mutantes
metafísicos,
marcianamente morrer em quentes águas limpas de Brasil.
a casa
Terra nobre no telhado
Alergia nos pingos de chuva
Escorre goteira
Desgostos pingam sobre cabelos
Encaracolando solidões.
Alergia nos pingos de chuva
Escorre goteira
Desgostos pingam sobre cabelos
Encaracolando solidões.
28.11.06
Para 2 que eu amo
ELA
amor
amar ora em Roma
agora minha Imperatriz
depor por portar
abrir a porta
ser poeta por
inerte sentimento
sente senta que
livre escura nuvem
gosta
enfeita
festa
comemoração de amor
sanidade hospitaleira
nada
minuto mínimo
história real
casa de areia mar
ame amar
cloro piscina concha
prazer paixão só
sopro vento vai
vão
música som
canção sabe mãe
amor na mão
arco-íris cor
obra de arte faz
em teus olhos.
Ele
transe
trânsito
hipnose de louca paixão ser
desejo inconsolável
ciúme quente esquisito de quem dá em cima
matar o coração que dói agora esperas esperas,
pontes, pontos, links
finais existentes em nuncas
fontes,
cachoeiras de prazer
sonhos sem semem contato
são iguais a fabricar idéias em travesseiros
bordados na cama abraço
que sorri quereres agora.
te querer em face
Em face das necessidades biológicas
no corpo físico te querer gênio
Em face ao sentimento amor
te querer necessário
Em face da desgarrada paixão
te querer agora
Em face a lâmina cortante em meu pulso
te fazer desejo
Em face a fagulha que pólvora acesa produz
te querer beijo
te querer faminto
te querer língua sedenta
te querer abraço apertado
te querer cheiro na nuca
te querer mãos firmes e
olhar dócil...
Em face ao mundo basta te ver
para querer-te sombra
enquanto nuvem na chuva branda que o calor traz
Você meu no céu cinzento
pra cantar meu corpo manso de azul e paz
pra aquietar meu instinto animal
pra ser rédea na minha cintura
pra dominar a fera que em mim habita quando você
me faz mulher no tapete sem dono
no vazio das minhas vírgulas
no prazer das minhas perguntas
na espera longa que o vento traz de volta para a terra
dos impossíveis amores nossos imbecís
no corpo físico te querer gênio
Em face ao sentimento amor
te querer necessário
Em face da desgarrada paixão
te querer agora
Em face a lâmina cortante em meu pulso
te fazer desejo
Em face a fagulha que pólvora acesa produz
te querer beijo
te querer faminto
te querer língua sedenta
te querer abraço apertado
te querer cheiro na nuca
te querer mãos firmes e
olhar dócil...
Em face ao mundo basta te ver
para querer-te sombra
enquanto nuvem na chuva branda que o calor traz
Você meu no céu cinzento
pra cantar meu corpo manso de azul e paz
pra aquietar meu instinto animal
pra ser rédea na minha cintura
pra dominar a fera que em mim habita quando você
me faz mulher no tapete sem dono
no vazio das minhas vírgulas
no prazer das minhas perguntas
na espera longa que o vento traz de volta para a terra
dos impossíveis amores nossos imbecís
amor
Mostre-me o significado da palavra
Mostre-me o significado da palavra
Mostre-me o significado da palavra
Eu já ouvi muito sobre ele
Pessoas dizem que não podemos viver sem saber.
Bem vindo a raça humana
Não podemos viver sem ela
Bem vindo a raça humana
Com todas as guerras, doenças e brutalidades
Com sua inocência e graça
Restaurando algum orgulho e dignidade
Num mundo em declínio
Bem vindo a um lugar especial
No coração de pedra que é frio e cinza
Você com sua cara de anjo
Mantém o desespero à margem
Joga ele fora e me mostra o significado da palavra
Eu já ouví muito sobre ela
Eu não desejo viver sem ela
Não desejo viver sem ela
Eu quero amor, eu quero amor, eu quero...
Bem vindo a essa galáxia
A estrada de leite ainda nos seus olhos
E você acha que é um caso perdido
Quando procura a perfeição na terra
Esse é algum tipo de renascimento,
então me mostra o significado da palavra
O significado da palavra
O significado
Eu já ouví muito sobre ele
Não me deixe viver sem saber
Sem saber do amor que eu quero
Do amor que eu quero
Do amor
Eu quero saber o significado da palavra amor...
Me mostre qual é ele.
Mostre-me o significado da palavra
Mostre-me o significado da palavra
Eu já ouvi muito sobre ele
Pessoas dizem que não podemos viver sem saber.
Bem vindo a raça humana
Não podemos viver sem ela
Bem vindo a raça humana
Com todas as guerras, doenças e brutalidades
Com sua inocência e graça
Restaurando algum orgulho e dignidade
Num mundo em declínio
Bem vindo a um lugar especial
No coração de pedra que é frio e cinza
Você com sua cara de anjo
Mantém o desespero à margem
Joga ele fora e me mostra o significado da palavra
Eu já ouví muito sobre ela
Eu não desejo viver sem ela
Não desejo viver sem ela
Eu quero amor, eu quero amor, eu quero...
Bem vindo a essa galáxia
A estrada de leite ainda nos seus olhos
E você acha que é um caso perdido
Quando procura a perfeição na terra
Esse é algum tipo de renascimento,
então me mostra o significado da palavra
O significado da palavra
O significado
Eu já ouví muito sobre ele
Não me deixe viver sem saber
Sem saber do amor que eu quero
Do amor que eu quero
Do amor
Eu quero saber o significado da palavra amor...
Me mostre qual é ele.
27.11.06
moinhos de vento
Eu passei muito tempo deslizando pelos moinhos de vento
nós lado a lado
gargalhando até isso estar correto
Tem algo que você esconde
esperando pela luz chegar
na hora negra- você invade e
entra a água para consertar
o que nós quebramos
puxe as beiradas para iluminar a carga
diga aos passageiros que voltamos pra casa
eu perdi muito tempo procurando abrigo
o mundo sem fim não pôde segurá-lo
tem algo que você esconde
esperando pela direção da luz
e o vento continua a soprar
e vale a pena esperar,de qualquer jeito o vento sopra.
nós lado a lado
gargalhando até isso estar correto
Tem algo que você esconde
esperando pela luz chegar
na hora negra- você invade e
entra a água para consertar
o que nós quebramos
puxe as beiradas para iluminar a carga
diga aos passageiros que voltamos pra casa
eu perdi muito tempo procurando abrigo
o mundo sem fim não pôde segurá-lo
tem algo que você esconde
esperando pela direção da luz
e o vento continua a soprar
e vale a pena esperar,de qualquer jeito o vento sopra.
allen ginsberg
O problema com a forma convencional (contagem fixa dos versos e forma da estrofe) é, é muito simétrica, geométrica, numerada e pré-estabelecida — diferente da minha mente, que não tem começo e fim, nem medidas fixas de pensamento (ou fala — ou escrita) a não ser as de seu próprio mistério sem cantos — transcrever este último da maneira mais parecida com sua atual “ocorrência” é meu “método” — que necessita da arte da liberdade de produção — e que vai levar a poesia à expressão dos momentos mais intensos da existência — iluminação mística — e sua emoção mais profunda (através de lágrimas — o amor é tudo) — nas formas mais próximas ao que de fato parecem (dados de imagens místicas) e desejam (ritmo do discurso atual e ritmo induzido pela transcrição direta de dados visuais e de outros tipos) — ainda sem esquecer a repentina imaginação de gênio ou a fabulação do irreal e das construções verbais extraordinárias que expressam a verdadeira vivacidade e o excesso de liberdade — (que pela sua natureza também expressam a primeira causa do mundo) por meio da espontânea sobreposição irracional do fato sublimemente narrado, pela broca do dentista cantando contra o som do piano; ou pura construção de imaginários, jukeboxes de hidrogênio, em prováveis imagens abstratas (produzidas pela colocação de duas coisas verbalmente concretas mas originalmente desiguais) — sempre tendo em mente, aquele deve beirar o desconhecido, escrever no caminho da verdade até aqui irreconhecível da própria sinceridade, incluindo a evitável beleza das ruínas, da vergonha e do embaraço, aquela precisa área do auto-reconhecimento pessoal (indivíduo detalhado é lembrança universal) cujas convenções formais, internalizadas, nos afastam de descobrir em nós mesmos e nos outros — Visto que se escrevemos voltados para o que o poema deve ser (tem sido), e não nos perdemos nele, nunca vamos descobrir nada novo sobre nós mesmos no processo de realmente escrever algo, e perdemos a chance de viver em nossos trabalhos e de tornar habitável o mundo novo que cada homem pode descobrir em si mesmo, caso ele viva — o que é a própria vida, passado presente e futuro.Assim, a mente precisa ser treinada, isto é, alargada, libertada — para lidar consigo mesma como de fato é, e não para se impor, ou nos artefatos poéticos, um modelo pré-concebido arbitrariamente (de forma ou assunto) — e todos os modelos, a não ser que sejam descobertos no momento da produção — todos os modelos lembrados e aplicados são, por natureza própria, arbitrariamente pré-concebidos — não importa o quão inteligente e tradicional — não importa que resultado de experiência adquirida eles representam — O único modelo de valor ou interesse na poesia é o modelo solitário e individual peculiar ao momento do poeta e o poema descoberto na mente e no processo de colocá-lo na página, como notas, transcrições —, reproduzidas na forma precisa mais adequada, no momento de sua produção. (“Tempo é essência”, diz Kerouac). É essa descoberta pessoal que tem valor para o poeta e para o leitor — e claro que é mais, não menos, transmissível da realidade do que um modelo escolhido previamente, com assuntos despejados de forma arbitrária para se adequar, o que obviamente deturpa e encobre o assunto...
A mente é graciosa, a arte é graciosa.
A mente é graciosa, a arte é graciosa.
Satin
Seja agora o que eu quero que você seja, meu homem.
Agora quero-te novamente meu.
Amanhã posso querer que você seja outro,
Uma flor, uma caneta, um pedaço de papel....
Hoje eu quero-te borboleta
que embeleza a minha noite
bata suas asas homem coloridas
Amanhã posso querer que você seja outro,
Uma flor, uma caneta, um pedaço de papel....
Hoje eu quero-te borboleta
que embeleza a minha noite
bata suas asas homem coloridas
ilumine luz de velas minha sala.
Encontre-me na esquina
meu carro desgovernado vai te dar carona
meu corpo servirá de abrigo para suas inconsistências
o rastro dos meus pneus no asfalto te farão vida
nesse agora infinito
em que quero que sejas meu homem
na cama de rosas
dos passos lentos que desejo que você dê
enquanto suave serei cetim.
Encontre-me na esquina
meu carro desgovernado vai te dar carona
meu corpo servirá de abrigo para suas inconsistências
o rastro dos meus pneus no asfalto te farão vida
nesse agora infinito
em que quero que sejas meu homem
na cama de rosas
dos passos lentos que desejo que você dê
enquanto suave serei cetim.
I don´t wanna be buried in the pet sematary
Falem as besteiras necessárias
com toda as forças
de suas cordas vocais.
Falem as mentiras desgarradas
com todos os gritos do suicídio
vivo dos desejos.
Falem as frases sujas
com toda a virtude de uma criança pura.
Falem!
Palavras são incertas,
facadas, tiros, pensamentos,
ilusões...
Falem, pois o calar dá câncer
Engolir sapos engorda
e uma língua inerte
é um enterro sem platéia
um caixão vazio,
sem mortos pra chorar a falta.
com toda as forças
de suas cordas vocais.
Falem as mentiras desgarradas
com todos os gritos do suicídio
vivo dos desejos.
Falem as frases sujas
com toda a virtude de uma criança pura.
Falem!
Palavras são incertas,
facadas, tiros, pensamentos,
ilusões...
Falem, pois o calar dá câncer
Engolir sapos engorda
e uma língua inerte
é um enterro sem platéia
um caixão vazio,
sem mortos pra chorar a falta.
parece com o vento...
Parece que não aprendi nada nessas noites insones
ainda espero por você na minha cama
sabendo que não vai acontecer de novo.
Parece que a vida vai girar em círculos e linear como uma reta
na contramão me escondo no vazio do pensar sem concluir.
Então a vida mostrar que a existência não passa de crônica nos minutos que vão e acabam de guiar os fardos desgovernados nessa tarde fria
com uma poesia que dita é sem impacto,
mas lida é o infinito.
ainda espero por você na minha cama
sabendo que não vai acontecer de novo.
Parece que a vida vai girar em círculos e linear como uma reta
na contramão me escondo no vazio do pensar sem concluir.
Então a vida mostrar que a existência não passa de crônica nos minutos que vão e acabam de guiar os fardos desgovernados nessa tarde fria
com uma poesia que dita é sem impacto,
mas lida é o infinito.
Pão
Inspiração foge quando descobrimos a deliberada apropriação do que e do outro em benefício próprio.
Pensando no que será do amanhã, o sono escorre quente como lágrima por entre os dedos famintos como cachorros mal alimentados.
Pensando no que será do amanhã, o sono escorre quente como lágrima por entre os dedos famintos como cachorros mal alimentados.
No fiel espaço do pensar e saber que o desamor é fato e o não falar é foco por se saber apropriando-se do que é do outro em benefício próprio do desdizer.
sol
near u always
24.11.06
gotículas
~1) Construir uma casa
Tirar fotografia com hora marcada.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Tirar fotografia com hora marcada.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~2) Atropelamento
Pela estrada,
Minto.
~~~~~~~~~~~~~~
~3) Menta arde
Língua coração
Refrescante saber amor.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~4) Jóias bem guardadas
Lucy is in the sky with diamonds.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~5) Caixa de bombom
Doce saber de chocolate eterno
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~6) Sei sim
Só que não sou.
Pela estrada,
Minto.
~~~~~~~~~~~~~~
~3) Menta arde
Língua coração
Refrescante saber amor.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~4) Jóias bem guardadas
Lucy is in the sky with diamonds.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~5) Caixa de bombom
Doce saber de chocolate eterno
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~6) Sei sim
Só que não sou.
~~~~~~~~~~~~
Entre capuccinos e cigarros
Olho mar
Vento sopra boas notícias
Na paisagem nua
Terça-feira
Contrução de palavras
Desafio
Mania irrepreensível
De agir em horas erradas
Sem fôlego pra chamar
Minha atenção,
Cala
Vivo entre gatos
E tremores de terra
Sensíveis canções
Estrelas gritam esse não sei
{non sense}
a falta de sentido
um fado alegre
entôo mi em dó
com a dor
Olho mar
Vento sopra boas notícias
Na paisagem nua
Terça-feira
Contrução de palavras
Desafio
Mania irrepreensível
De agir em horas erradas
Sem fôlego pra chamar
Minha atenção,
Cala
Vivo entre gatos
E tremores de terra
Sensíveis canções
Estrelas gritam esse não sei
{non sense}
a falta de sentido
um fado alegre
entôo mi em dó
com a dor
relógio parado
não sei mais que hora são
estou aqui
entre capuccinos e cigarros.
não sei mais que hora são
estou aqui
entre capuccinos e cigarros.
Templo de reclusão
Partículas de futuro
Dissolvem ilusões passageiras
Presente de ser longe
Você aqui comigo,
Pensa
Amor lá fora fica
Enforcar mágoas
Personifica mentiras
Fotografa beijos
Ardente banalizar bater de asas
Ficar deitada
A qualquer tempo
Quando o tempo pára
Prazer máximo
Na sua cama
De pregos e sorrisos.
Partículas de futuro
Dissolvem ilusões passageiras
Presente de ser longe
Você aqui comigo,
Pensa
Amor lá fora fica
Enforcar mágoas
Personifica mentiras
Fotografa beijos
Ardente banalizar bater de asas
Ficar deitada
A qualquer tempo
Quando o tempo pára
Prazer máximo
Na sua cama
De pregos e sorrisos.
23.11.06
Eddie Vedder - Trouble
pq eu amo esse homem, essa banda... evai fazer 1 ano do melhor show da minha vida qdo eles vieram ao Brasil...
W.H. Auden - Funeral Blues.
Pq eu chorei vendo isso agora. Não sei se foi a música, as cores, o poema...
mas chorar com a música do Titanic é sacanagem... eu devo estar muito emotiva mesmo.
O Tell Me The Truth About Love-W.H. Auden
Some say that love's a little boy,
And some say it's a bird,
Some say it makes the world go round,
And some say that's absurd,
And when I asked the man next-door,
Who looked as if he knew,
His wife got very cross indeed,
And said it wouldn't do.
Does it look like a pair of pajamas,
Or the ham in a temperance hotel?
Does it's odour remind one of llamas,
Or has it a comforting smell?
Is it prickly to touch as a hedge is,
Or soft as eiderdown fluff?
Is it sharp or quite smooth at the edges?
Tell me the truth about love.
Our history books refer to it
In cryptic little notes,
It's quite a common topic onThe Transatlantic boats;
I've found the subject mentioned inAccounts of suicides,
And even seen it scribbled on
The backs of railway-guides.
Does it howl like a hungry Alsatian,
Or boom like a military band?
Could one give a first-rate imitation
On a saw or a Steinway Grand?
Is its singing at parties a riot?
Does it only like Classical stuff?
Will it stop when one wants to be quiet?
O tell me the truth about love.
I looked inside the summer-house;
it wasn't ever there:
I tried the Thames at Maidenhead,
And Brighton's bracing air.
I don't know what the blackbird sang,
Or what the tulip said;
But it wasn't in the chicken-run,
Or underneath the bed.
Can it pull extraordinary faces?
Is it usually sick on a swing?
Does it spend all it's time at the races,
Or fiddling with pieces of string?
Has it views of it's own about money?
Does it think Patriotism enough?
Are its stories vulgar but funny?
O tell me the truth about love.
When it comes,
will it come without warning
Just as I'm picking my nose?
Will it knock on my door in the morning,
Or tread in the bus on my shoes?
Will it come like a change in the weather?
Will its greeting be courteous or rough?
Will it alter my life altogether?
O tell me the truth about love.
And some say it's a bird,
Some say it makes the world go round,
And some say that's absurd,
And when I asked the man next-door,
Who looked as if he knew,
His wife got very cross indeed,
And said it wouldn't do.
Does it look like a pair of pajamas,
Or the ham in a temperance hotel?
Does it's odour remind one of llamas,
Or has it a comforting smell?
Is it prickly to touch as a hedge is,
Or soft as eiderdown fluff?
Is it sharp or quite smooth at the edges?
Tell me the truth about love.
Our history books refer to it
In cryptic little notes,
It's quite a common topic onThe Transatlantic boats;
I've found the subject mentioned inAccounts of suicides,
And even seen it scribbled on
The backs of railway-guides.
Does it howl like a hungry Alsatian,
Or boom like a military band?
Could one give a first-rate imitation
On a saw or a Steinway Grand?
Is its singing at parties a riot?
Does it only like Classical stuff?
Will it stop when one wants to be quiet?
O tell me the truth about love.
I looked inside the summer-house;
it wasn't ever there:
I tried the Thames at Maidenhead,
And Brighton's bracing air.
I don't know what the blackbird sang,
Or what the tulip said;
But it wasn't in the chicken-run,
Or underneath the bed.
Can it pull extraordinary faces?
Is it usually sick on a swing?
Does it spend all it's time at the races,
Or fiddling with pieces of string?
Has it views of it's own about money?
Does it think Patriotism enough?
Are its stories vulgar but funny?
O tell me the truth about love.
When it comes,
will it come without warning
Just as I'm picking my nose?
Will it knock on my door in the morning,
Or tread in the bus on my shoes?
Will it come like a change in the weather?
Will its greeting be courteous or rough?
Will it alter my life altogether?
O tell me the truth about love.
Closer
"- You women don't understand the territory... because you ARE the territory." - LARRY (Clive Owen)
"Have you ever seen a human heart? It is like a closed fist wrapped in blood." - LARRY (Clive Owen)
"I know who you are. I love you. I love everything about you that hurts." - LARRY (Clive Owen)
"Where is this "love"? I can't see it, I can't touch it. I can't feel it. I can hear it. I can hear some words, but I can't do anything with your easy words." - ALICE (Natalie Portman)
"What's so great about the truth? Try lying for a change - it's the currency of the world." - DAN (Jude Law)
"Have you ever seen a human heart? It is like a closed fist wrapped in blood." - LARRY (Clive Owen)
"I know who you are. I love you. I love everything about you that hurts." - LARRY (Clive Owen)
"Where is this "love"? I can't see it, I can't touch it. I can't feel it. I can hear it. I can hear some words, but I can't do anything with your easy words." - ALICE (Natalie Portman)
"What's so great about the truth? Try lying for a change - it's the currency of the world." - DAN (Jude Law)
Pérolas da internet
RASTROS (ou memórias niilistas)
Mais um dia se passou
é engraçado como a vida deixa rastros
[como passos na areia
É o passado – que cresce a cada dia
em que as horas me fugiram
[amanhã, hoje será ontem.
Duda Keiber
Mais um dia se passou
é engraçado como a vida deixa rastros
[como passos na areia
É o passado – que cresce a cada dia
em que as horas me fugiram
[amanhã, hoje será ontem.
Duda Keiber
Incomensuráveis pegadas no amor
Areia brilhante de algodão e sombras
Diamantes longínquos na efemeridade da morte
Areia brilhante de algodão e sombras
Diamantes longínquos na efemeridade da morte
Em cada poste acende noite
Doce o calor colore dedos
Concorda sentidos
Sou o que sabe ser
Doce o calor colore dedos
Concorda sentidos
Sou o que sabe ser
Trânsito de margaridas
Chá de jasmim
Alvorecer brando entende a sorte das coisas tontas
Chá de jasmim
Alvorecer brando entende a sorte das coisas tontas
Sobrevivem as famintas gaivotas na nuvem da tua cabeça
A respiração pára
Pés consoantes rumam em direção ao desconhecido
de fazer poemas noturnos
procurando os porquês.
A respiração pára
Pés consoantes rumam em direção ao desconhecido
de fazer poemas noturnos
procurando os porquês.
Amanhece vida tarde na estrada canção
Sobretudo deixa frio no mar que plácido parece paz
Sobretudo deixa frio no mar que plácido parece paz
Apartamento sem janela
Cores fortes
Degradê de amarelos
Cores fortes
Degradê de amarelos
Nasce som no céu do amanhã indisposto
Dia passa
aponta estrelas no asfalto quente
milagre de dores de sabão
sonho imaginativo nublado sobre ser
Dia passa
aponta estrelas no asfalto quente
milagre de dores de sabão
sonho imaginativo nublado sobre ser
sabendo noite onde tudo é cinza
e só
e só
22.11.06
Tem coisa mais perfeita que isso?
Your passions are more manageable now, for you can see new possibilities ahead of you. Although you know what you feel, you still might not know the best way to deal with your desires. You may wonder how to share your emotions without scaring away those you want to attract. Instead of worrying that you could say too much, just let your own judgment guide you as to what should and should not be revealed.
Wednesday, November 22, 2006
Wednesday, November 22, 2006
Maré alta. Átomos explosivos de resto de poema. Carícias guardadas. Esquecidas no fundo do armário louco. Encontrar tesouro onde existem gatos. Miar na noite híbrida e ilusória. Fazer você bússola para que eu me ache na surpresa. Desembrulhar a caixa de presente e os laços de fita coloridos para fazer de ti meu norte.
Serei eu incapaz?
Tenho que parar de acreditar em milagres que não existem
Enquanto acreditamos que eles possam fazer alguma coisa pela gente
Mesmo sabendo que não podemos acreditar nesse impossível todo,
Porque achamos que existe sempre uma esperança naquilo que pode ser
E que só existe na nossa cabeça de vento de insistir nas coisas que queremos que aconteçam na nossa ingenuidade mística e espiritualista de aceitar que milagres batem a nossa porta
Porque queremos, queremos, queremos
Que nos seja dada essa chance.
Enquanto acreditamos que eles possam fazer alguma coisa pela gente
Mesmo sabendo que não podemos acreditar nesse impossível todo,
Porque achamos que existe sempre uma esperança naquilo que pode ser
E que só existe na nossa cabeça de vento de insistir nas coisas que queremos que aconteçam na nossa ingenuidade mística e espiritualista de aceitar que milagres batem a nossa porta
Porque queremos, queremos, queremos
Que nos seja dada essa chance.
Eu só quero que você me queira
Ou me deixe
Ou me faça parar de pensar no impossível de fazer você querer o mesmo que eu
Que só escrevo desabafos no momento insensato
Dessa horas da madrugada que vai acabando com meu fôlego
E me faz louca por pensar tanto nisso tudo
Tão acabado, dissolvido e destilado.
Pensar nessa tosse infame do saber-me te querendo nessa noite que adormece contabilizando angústias e dores sem cor nessa oposição desafortunada de ser mulher que não escolhe o que é certo nesse mundo de demandas infantis enquanto a ordem é ser madura e eu tenho que ouvir opiniões infundadas que me enchem de mau humor porque eu não tenho frases para argumentar no momento certo o que eu desejo.
Eu quero parar, mas tenho medo de parar. Se eu fechar os olhos vou morrer e tenho muito vento ainda pra ventar antes do último suspiro cheio de mágoas misturadas
E eu amo tanto você que eu tenho medo de deixar de amar e morrer sozinha por não ter você aqui nessa clausura minha que se chama mente,
Porque o sol não nasce mais para nós em todo esse desencanto que se chama sorte
Em toda essa fogueira que se chama magia
Em toda essa falta de fome que chama paixão em toda essa mentalidade idiota de só querer que você me queira nesse momento que branco se chama agora.
Ou me deixe
Ou me faça parar de pensar no impossível de fazer você querer o mesmo que eu
Que só escrevo desabafos no momento insensato
Dessa horas da madrugada que vai acabando com meu fôlego
E me faz louca por pensar tanto nisso tudo
Tão acabado, dissolvido e destilado.
Pensar nessa tosse infame do saber-me te querendo nessa noite que adormece contabilizando angústias e dores sem cor nessa oposição desafortunada de ser mulher que não escolhe o que é certo nesse mundo de demandas infantis enquanto a ordem é ser madura e eu tenho que ouvir opiniões infundadas que me enchem de mau humor porque eu não tenho frases para argumentar no momento certo o que eu desejo.
Eu quero parar, mas tenho medo de parar. Se eu fechar os olhos vou morrer e tenho muito vento ainda pra ventar antes do último suspiro cheio de mágoas misturadas
E eu amo tanto você que eu tenho medo de deixar de amar e morrer sozinha por não ter você aqui nessa clausura minha que se chama mente,
Porque o sol não nasce mais para nós em todo esse desencanto que se chama sorte
Em toda essa fogueira que se chama magia
Em toda essa falta de fome que chama paixão em toda essa mentalidade idiota de só querer que você me queira nesse momento que branco se chama agora.
21.11.06
Um dia eu tive uma libélula que matei a sangue frio e enterrei na minha rua. Flores nasceram onde ela foi enterrada ainda agonizante. Não, não sorrias, pois a libélula sofreu com os requintes de crueldade que você me despertou. Ela às vezes vem puxar a minha perna de noite e eu não tenho medo, pois matei a libélula para me livrar de um certo sentimento que retorna agora. Que retorna agora. Que retorna agora. Quantas libélulas mais terei que matar para me livrar dessa sina idiota de amar você?
"what´s so funny about peace, love and undersatanding?"
Tudo passou
vem e volta
é onda
é maré
é mar
desaguar
vem e volta
é onda
é maré
é mar
desaguar
Eu só consigo fazer jogo de palavras
Eu não consigo juntar as idéias
Eu não consigo pensar
Não consigo pensar
Tudo passou
volta e vai
foi
volta a ser
Eu não consigo juntar as idéias
Eu não consigo pensar
Não consigo pensar
Tudo passou
volta e vai
foi
volta a ser
um dia alguma coisa
que devia ter sido lá atrás
eu não sei costurar
eu não sei mais o que é amor
eu não sei o que é paixão
eu só quero te ver
te ver
te olhar
estar perto de ti
te usufruir
te amar
eu não sei costurar
eu não sei mais o que é amor
eu não sei o que é paixão
eu só quero te ver
te ver
te olhar
estar perto de ti
te usufruir
te amar
cega
não saber o alfabeto
é paradoxo
e o infinito
é homem de lata
no meu coração
medroso
não saber o alfabeto
é paradoxo
e o infinito
é homem de lata
no meu coração
medroso
enjaulado
algeme meus braços
e jogue a chave fora
junto com meus pensamentos
Pq a Clarah Averbuck é TUDO!!!!
outbox I: eu, você, os americanos, o uísque, o vinho, o marião e o meu coração de piche
daí eu to bêbada porque vi uma peça do kerouac fudidona e tive que beber uísque caubói depois, mas você nem gosta desses americanos. mas você ia entender que ele não era "um americano". ele era um homem um busca da beatitude. era isso que eu queria te dizer quando tentei te ligar 100 vezes agora. eu sou um perigo agora que desbloqueei meu celular pra chamadas internacionais. eu queria te dizer que o kerouac não era um malucão beatnik e sim um homem em busca da bondade e da pureza nos outros homens e que você ia se identificar horrores com ele. marião era o kerouac. eu era a garota sentada de meia-bunda no banco de igreja que me sobrou no teatro porque era o último dia da peça. eu era a garota querendo que o garoto dela estivesse lá junto porque só ele entenderia. mas a garota estava sozinha com sua meia-bunda no banco de igreja do teatro da praça loservelt. eu queria te ligar pra dizer que você ia entender tudo comigo e pra dizer que eu te amo mais uma vez. e pra dizer que depois da peça eu fui lá com eles e pensei assim, bem assim: eu quero que ele acredite na eternidade mesmo sabendo que ela não dura pra sempre. eu quero que ele não tenha medo de nada. eu quero que ele seja que nem eu fui e que como eu lembrei que sou depois de tudo isso que ouvi, depois desse cara gritando coisas que se escritas e cortadas jorrariam horrores de sangue, mais do que qualquer um que eu conheço poderia suportar, mas que eu sei que poderia suportar porque é exatamente isso que eu faço e é pra isso que eu tô viva. i don't know if i make sense now. só sei que eu te amo e não tenho medo de nada. eu vivo porque é a única coisa que eu sei fazer. eu me jogo porque é assim que eu sou. uma força da natureza, você disse. o kerouac, aquele americano, também era. damnit. i am drunk as fuck. eu não vou ter vergonha amanhã de ter te escrito isso porque eu resgatei o meu lado que estava esquecido, esse lado que é a coisa mais minha e mais eu de todas. isso, isso aqui. atropelamento sem fuga. eu sozinha indo pra cama com a sua camiseta na cara. eu sentada no boteco com o marião bebendo aquele vinho de dez real e dizendo porra marião, eu amo aquele cara, e ouvindo de volta do meu amigo que me conhece um "eu sei" tão natural que só me restou vir pra casa e te dizer que eu acredito na eternidade mesmo que ela não dure pra sempre. nunca mais ouse se comparar com nada nunca mais. você pode até ler aquelas coisas que eu escrevi, mas você nunca vai saber o que eu passo quando olho pra você. eu não sou mais aquilo; eu sou eu agora, e agora eu sou sua. e agora eu vou deitar antes que eu desfaleça. boa noite, eu te amo de novo, boa noite.
http://adioslounge.blogspot.com/
daí eu to bêbada porque vi uma peça do kerouac fudidona e tive que beber uísque caubói depois, mas você nem gosta desses americanos. mas você ia entender que ele não era "um americano". ele era um homem um busca da beatitude. era isso que eu queria te dizer quando tentei te ligar 100 vezes agora. eu sou um perigo agora que desbloqueei meu celular pra chamadas internacionais. eu queria te dizer que o kerouac não era um malucão beatnik e sim um homem em busca da bondade e da pureza nos outros homens e que você ia se identificar horrores com ele. marião era o kerouac. eu era a garota sentada de meia-bunda no banco de igreja que me sobrou no teatro porque era o último dia da peça. eu era a garota querendo que o garoto dela estivesse lá junto porque só ele entenderia. mas a garota estava sozinha com sua meia-bunda no banco de igreja do teatro da praça loservelt. eu queria te ligar pra dizer que você ia entender tudo comigo e pra dizer que eu te amo mais uma vez. e pra dizer que depois da peça eu fui lá com eles e pensei assim, bem assim: eu quero que ele acredite na eternidade mesmo sabendo que ela não dura pra sempre. eu quero que ele não tenha medo de nada. eu quero que ele seja que nem eu fui e que como eu lembrei que sou depois de tudo isso que ouvi, depois desse cara gritando coisas que se escritas e cortadas jorrariam horrores de sangue, mais do que qualquer um que eu conheço poderia suportar, mas que eu sei que poderia suportar porque é exatamente isso que eu faço e é pra isso que eu tô viva. i don't know if i make sense now. só sei que eu te amo e não tenho medo de nada. eu vivo porque é a única coisa que eu sei fazer. eu me jogo porque é assim que eu sou. uma força da natureza, você disse. o kerouac, aquele americano, também era. damnit. i am drunk as fuck. eu não vou ter vergonha amanhã de ter te escrito isso porque eu resgatei o meu lado que estava esquecido, esse lado que é a coisa mais minha e mais eu de todas. isso, isso aqui. atropelamento sem fuga. eu sozinha indo pra cama com a sua camiseta na cara. eu sentada no boteco com o marião bebendo aquele vinho de dez real e dizendo porra marião, eu amo aquele cara, e ouvindo de volta do meu amigo que me conhece um "eu sei" tão natural que só me restou vir pra casa e te dizer que eu acredito na eternidade mesmo que ela não dure pra sempre. nunca mais ouse se comparar com nada nunca mais. você pode até ler aquelas coisas que eu escrevi, mas você nunca vai saber o que eu passo quando olho pra você. eu não sou mais aquilo; eu sou eu agora, e agora eu sou sua. e agora eu vou deitar antes que eu desfaleça. boa noite, eu te amo de novo, boa noite.
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É tudo tão paradoxo e desencontrado.
Tão perdido e enfadonho.
Tão disperso e certo de não ser.
Tão poderoso e frágil.
Tão meticuloso e cinza.
Tão desamarrado e sufocante.
Tão cadarço e canudo.
Tão sonho, sono, pudor, luxúria, lágrima e coca-cola.
Só me resta fugir dessa confusão.
A morte está próxima e me chama.
Sua alma roubou minha energia e eu vou parando por aqui.
17.11.06
Please Call Me, Baby
A tarde caiu como uma estrela que deixou um rastro
você cospe da mesma forma que bate a porta
Se isso é amor,
somos doidos
brigamos como gatos e cachorros
eu só sei que tem que ter mais alguma coisa
por favor, me liga
de onde quer que você esteja
tá tão frio para ficar andando na rua
fazendo loucuras quando enfeitiçados...
todo mundo é um pouco louco
eu não quero você procurando a sua morte no frio
andando na chuva
eu admito que não sou nenhum anjo
eu admito que não sou santa
sou egoísta, cega e cruel
se eu exorcisar meus demônios
meus anjos vão me abandonar também
e quando eles me deixam é tão difícil encontra-los
estamos sempre um na garganta do outro
e isso me faz subir pelas paredes
a maior parte do tempo eu to só soprando poeira
e eu peço a Deus que você me deixe
eu peço a Deus que você fique
a vida é tão diferente dos seus sonhos
você cospe da mesma forma que bate a porta
Se isso é amor,
somos doidos
brigamos como gatos e cachorros
eu só sei que tem que ter mais alguma coisa
por favor, me liga
de onde quer que você esteja
tá tão frio para ficar andando na rua
fazendo loucuras quando enfeitiçados...
todo mundo é um pouco louco
eu não quero você procurando a sua morte no frio
andando na chuva
eu admito que não sou nenhum anjo
eu admito que não sou santa
sou egoísta, cega e cruel
se eu exorcisar meus demônios
meus anjos vão me abandonar também
e quando eles me deixam é tão difícil encontra-los
estamos sempre um na garganta do outro
e isso me faz subir pelas paredes
a maior parte do tempo eu to só soprando poeira
e eu peço a Deus que você me deixe
eu peço a Deus que você fique
a vida é tão diferente dos seus sonhos
quando não sinto poesia, nao adianta forçar a rima.
eu tô seca e não consigo escrever.
eu queria conseguir, mas tá tudo muito dúbio, dicotômico.
esquisito!
uma felicidade enorme e uma tristeza sorumbática.
uma esperança que me aqueçe e um nonsense que me gela.
uma febre que me dá calafrio e um tiro que rasga a pele.
um sorriso que chega até aí e o coração querendo parar de bater....
só isso!
eu queria conseguir, mas tá tudo muito dúbio, dicotômico.
esquisito!
uma felicidade enorme e uma tristeza sorumbática.
uma esperança que me aqueçe e um nonsense que me gela.
uma febre que me dá calafrio e um tiro que rasga a pele.
um sorriso que chega até aí e o coração querendo parar de bater....
só isso!
I hate
detesto gente besta!
pq esse tipo de gente tem que conviver entre nós? entre os bons? entre os que longe disso estão? pq esse tipo de gente se mistura com a gente se achando a salvação da lavoura? pro inferno com essa gente! eles como nós virarão comida de minhoca. então pq se acha tanto essa gente? pq elas se aproximam da gente para sugar? porque esses vampiros convivem junto conosco? pq querem estar por perto?
ai que raiva!
quero distância de gente assim...
pq esse tipo de gente tem que conviver entre nós? entre os bons? entre os que longe disso estão? pq esse tipo de gente se mistura com a gente se achando a salvação da lavoura? pro inferno com essa gente! eles como nós virarão comida de minhoca. então pq se acha tanto essa gente? pq elas se aproximam da gente para sugar? porque esses vampiros convivem junto conosco? pq querem estar por perto?
ai que raiva!
quero distância de gente assim...
{I wanna be alone!}
o vento remexe cabelos na foto
a nuca como eu estático
espera palavras
frases sussurradas
e no gesto das unhas
o líquido das línguas
a cor dos seus olhos.
a música italiana envolve os ouvidos
eu choro esperanças cantadas
e desafinado você me mata mais um dia
eu adormeço só em te olhar
e a minha dor de estômago
perfura a pele anoréxica
enquanto eu tento sorrir
em mais uma madrugada sem ti.
a nuca como eu estático
espera palavras
frases sussurradas
e no gesto das unhas
o líquido das línguas
a cor dos seus olhos.
a música italiana envolve os ouvidos
eu choro esperanças cantadas
e desafinado você me mata mais um dia
eu adormeço só em te olhar
e a minha dor de estômago
perfura a pele anoréxica
enquanto eu tento sorrir
em mais uma madrugada sem ti.
N - Nando Reis
E agora, o que eu vou fazer?
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?
E agora como posso te esquecer?
Se o seu cheiro ainda está no travesseiro?
E o seu cabelo está enrolado no meu peito?
Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo
Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo
E agora, como eu passo sem te ver?
Se o seu nome está gravado no
Meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o n
Como um elo
E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o
Meu prazer?
E o meu corpo está moldado
Com o teu?
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?
E agora como posso te esquecer?
Se o seu cheiro ainda está no travesseiro?
E o seu cabelo está enrolado no meu peito?
Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo
Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo
E agora, como eu passo sem te ver?
Se o seu nome está gravado no
Meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o n
Como um elo
E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o
Meu prazer?
E o meu corpo está moldado
Com o teu?
16.11.06
eu só posso ser uma débilmental, mongol, sem auto-estima, vergonha na cara, simancol. eu só posso ser isso tudo porque eu me submeto a tanta merda, tanta violência para os meus olhos. tanta violência eu faço com o meu sentir, que eu só posso ser isso tudo porque eu não me emendo. eu continuo me violentando, me machucando. esperando pelo último minuto, porque eu quero ver o que vai acontecer. eu quero ver! não espero ninguém me contar. eu quero ver. e eu vejo e não gosto. e me machuca. e me dói. me dói te ver com outra, mas porque eu não fui embora longe de vc? pq eu peguei a mesma carona que você? porque eu sou imbecil, só posso ser!
mas eu tava me sentindo tão mal que o meu raciocinio ficou prejudicado e eu quis pagar pra ver. e ví o que não queria ter visto.
eu às vezes acho que eu sou muito corajosa!
só que minha coragem tá me doendo a alma!
mas eu tava me sentindo tão mal que o meu raciocinio ficou prejudicado e eu quis pagar pra ver. e ví o que não queria ter visto.
eu às vezes acho que eu sou muito corajosa!
só que minha coragem tá me doendo a alma!
14.11.06
tudo e nada
tudo que inspira, pira
tudo que morde, marca
tudo que sobra, fica
tudo que acende, apaga
tudo que gasta, some
tudo que sombra, escurece
tudo que louco, são
tudo que preto, cega
tudo que branco, claro
tudo que expande, contrái
tudo que contrato, contato
tudo que escondido, mostra
tudo que novo, velho
tudo que bom, ruim
tudo que bola, roda
tudo que pedido, ordem
tudo que gula, vômito
tudo que cidade, armazém
tudo que nada, peixe
tudo que ventre, mãe
tudo que sonho, poesia
tudo que eu, espelho
tudo que você, perdido
tudo que morde, marca
tudo que sobra, fica
tudo que acende, apaga
tudo que gasta, some
tudo que sombra, escurece
tudo que louco, são
tudo que preto, cega
tudo que branco, claro
tudo que expande, contrái
tudo que contrato, contato
tudo que escondido, mostra
tudo que novo, velho
tudo que bom, ruim
tudo que bola, roda
tudo que pedido, ordem
tudo que gula, vômito
tudo que cidade, armazém
tudo que nada, peixe
tudo que ventre, mãe
tudo que sonho, poesia
tudo que eu, espelho
tudo que você, perdido
confusão mental
aquele gosto de pasta de dente
aquele cheiro de chuva de ontem
nas curvas do asfalto esturricado
do sorriso não dado
aquela sobra de sentimento
aquela sombra de dúvida
nos guarda-chuvas floridos
das mocinhas solteiras
aquela topada que estupora o dedão
aquela dor que chiclete não solta do cabelo
naqueles dias de brisa longe
de voz lá
de sol escondido nas nuvens
de vazio interior
de inquietação
aquele dia sem canção
aquela noite de solidão
no moinho
no farol
no carro
no nada
aquela hora que passa
aquele vento que morte
na mordida do caixão fechado
dos passos que ainda não dei
em sua direção.
aquele cheiro de chuva de ontem
nas curvas do asfalto esturricado
do sorriso não dado
aquela sobra de sentimento
aquela sombra de dúvida
nos guarda-chuvas floridos
das mocinhas solteiras
aquela topada que estupora o dedão
aquela dor que chiclete não solta do cabelo
naqueles dias de brisa longe
de voz lá
de sol escondido nas nuvens
de vazio interior
de inquietação
aquele dia sem canção
aquela noite de solidão
no moinho
no farol
no carro
no nada
aquela hora que passa
aquele vento que morte
na mordida do caixão fechado
dos passos que ainda não dei
em sua direção.
Shitty
Frio pede luva nessa chuva fresca, feia, fechada que enche de porrada nossa realidade sórdida. Todos os dias somos mordidos por mandíbulas violentas quando pensamos estar cercados de gente que nos quer bem. É tudo só mais uma ilusão.
Tudo é ilusão nesse mundo banalizado de historinhas construídas em papel picado e purpurina. Tudo é anilina para colorir o coração incolor. Tudo é bílis no meu fígado cansado, no meu estômago vazio de certezas. Tudo é inconstante na minha vez de ser faminta e abrir a boca pra morder quem me faz mal. Quem acha que não faz mal é quem mais te machuca quando bate. É quem mais te desrespeita quando fala. Quem mais te entristece quando a carência bate. É quem mais você tem vontade de mandar pastar. É quem mais finge te entender. É quem mais te causa dor, ciúme e tira a sua paz. É quem mais você queria longe. É quem mais te faz sofrer.
Toda essa revolta trsite. Toda essa valsa morta. Todos os sons mudos. Toda essa vida em preto e branco por causa da bosta. Por causa da bosta. Por causa da bosta do amor.
Deixa eu doer!
Tudo é ilusão nesse mundo banalizado de historinhas construídas em papel picado e purpurina. Tudo é anilina para colorir o coração incolor. Tudo é bílis no meu fígado cansado, no meu estômago vazio de certezas. Tudo é inconstante na minha vez de ser faminta e abrir a boca pra morder quem me faz mal. Quem acha que não faz mal é quem mais te machuca quando bate. É quem mais te desrespeita quando fala. Quem mais te entristece quando a carência bate. É quem mais você tem vontade de mandar pastar. É quem mais finge te entender. É quem mais te causa dor, ciúme e tira a sua paz. É quem mais você queria longe. É quem mais te faz sofrer.
Toda essa revolta trsite. Toda essa valsa morta. Todos os sons mudos. Toda essa vida em preto e branco por causa da bosta. Por causa da bosta. Por causa da bosta do amor.
Deixa eu doer!
falta
dor sem amor
amor sem cor
sapato sem chão
luva sem mão
casa sem cão
banho sem sabão
fome sem pão
vida sem paixão
libido sem tesão
Falta.
amor sem cor
sapato sem chão
luva sem mão
casa sem cão
banho sem sabão
fome sem pão
vida sem paixão
libido sem tesão
Falta.
13.11.06
Laugh at me
o seu cheiro voltou a rir da minha cara
só porque voltei a te querer mais do que sempre
Da enlouquecedora dor que passou
resta a ilusão de ser amada um dia
Das palavras caladas no passado
resgato as frases pro futuro
Da saudade das simpatias angariadas
sobrou o olhar você de longe
o medo da morte
a falta de sorte
os gatos miando na rua
a fumaça solta no escuro
a vontade de parar de fumar
seu pulso macio
sua voz sonora
a lata de biscoitos
o meu anjo cego
o sapato apertado
o recado não dado
o passado,
o passado,
o passado,
o passado...
o mau passado
o meu passado
o nosso pesadelo presente no passado
eu voltei a querer você
mesmo quando o seu cheiro
ri da minha cara
eu te olho de longe
e acho tudo lindo.
só porque voltei a te querer mais do que sempre
Da enlouquecedora dor que passou
resta a ilusão de ser amada um dia
Das palavras caladas no passado
resgato as frases pro futuro
Da saudade das simpatias angariadas
sobrou o olhar você de longe
o medo da morte
a falta de sorte
os gatos miando na rua
a fumaça solta no escuro
a vontade de parar de fumar
seu pulso macio
sua voz sonora
a lata de biscoitos
o meu anjo cego
o sapato apertado
o recado não dado
o passado,
o passado,
o passado,
o passado...
o mau passado
o meu passado
o nosso pesadelo presente no passado
eu voltei a querer você
mesmo quando o seu cheiro
ri da minha cara
eu te olho de longe
e acho tudo lindo.
Luggage
uma mala de viagem pesada que arrebenta as esteiras
cansada histérica, não consegue colocar as rodinhas em ação
mala esgoelada, ofegante, cheia de roupas mal dobradas
tive que sentar em cima pra fechar o ziper
e saturada estou de carregar essa bagagem que enche minhas noites de pesadelo
meu travesseiro de formigas e meus pensamentos de idéias confusas.
quero livrar esse peso dos meus ombros
quero me livrar desse peso
quero
quero
quero
preciso me livrar do peso dos outros
para conseguir me equilibrar nas minhas pernas novamente.
cansada histérica, não consegue colocar as rodinhas em ação
mala esgoelada, ofegante, cheia de roupas mal dobradas
tive que sentar em cima pra fechar o ziper
e saturada estou de carregar essa bagagem que enche minhas noites de pesadelo
meu travesseiro de formigas e meus pensamentos de idéias confusas.
quero livrar esse peso dos meus ombros
quero me livrar desse peso
quero
quero
quero
preciso me livrar do peso dos outros
para conseguir me equilibrar nas minhas pernas novamente.
Vazio impossível
"e esse vazio?
esse vazio?
esse vazio...
me enche!
esse vazio?
esse vazio...
me enche!
esse vazio
esse vazio
esse vazio,
me enche!"
Rettamozzo
Somebody
Inspiração embotada
acordes mansos
batidas mortas
gosto de algodão
instabilidade nos pés
da vida
Alguém me ajude?
perdidas palavras
sonhos de papel
amor escondido
sorriso amarelo
Meu coração fugiu
e eu não sei mais onde estou
Alguém me encontra?
acordes mansos
batidas mortas
gosto de algodão
instabilidade nos pés
da vida
Alguém me ajude?
perdidas palavras
sonhos de papel
amor escondido
sorriso amarelo
Meu coração fugiu
e eu não sei mais onde estou
Alguém me encontra?
9.11.06
Desatino do destino
"é feito um prego enferrujado que custa os olhos da cara prá sair
paródia italiana de um fado,
braço arrancado que não quer sumir
paródia italiana de um fado,
braço arrancado que não quer sumir
é a pergunta para todas as respostas
a barraca de beijos da quermesse
é a facada que você leva pelas costas
porque merece."
Ivan Justen
Beauty queen
Que beleza pode existir no gosto amargo da boca no dia seguinte
Se ela não for a sua?
Que beleza pode existir no engarrafamento dessa manhã
Se o ônibus não me leva até você?
Que beleza pode existir nas coisas nunca ditas
nunca vistas por mim nem por você?
Que beleza pode existir no andar de mãos dadas
Se as mãos que seguram as minhas não são suas?
Que beleza pode existir na interpretação das coisas
se as idéias não forem compartilhadas com as paranóias?
E você aí sozinha procurando entender a loucura...
Que beleza!!!
A loucura tem a cara feia demais pra você descobrir como é
ela é feia
desabafa
você aí sozinha
tentando esquecer
a sua raiva do mundo
deságua...
eu não sou o mundo!
você não precisaria estar comigo
prá esquecer a loucura,
mas você acha
que eu
sou o mundo!
Não posso convencer ninguém do contrário
o mundo não te ama,
e eu?
sou obrigada a te amar?
sou obrigada a ser receptáculo de raivas?
de vida?
de prazeres?
de efemeridades?
de amarguras?
de frustrações?
de medos?
anseios?
respirações entrecortadas?
Palavras feito água
desaguam em mim
Fico quieta na cachoeira
não adianta falar
pingos de água
não entendem argumentos
chove e,
com a chuva observo beleza
no mundo onde
a loucura é maior
do que eu
e você ...
Não existe você
não existo eu
não insista
a loucura do mundo
não precisa
de mim
nem de você
só de nós.
Se ela não for a sua?
Que beleza pode existir no engarrafamento dessa manhã
Se o ônibus não me leva até você?
Que beleza pode existir nas coisas nunca ditas
nunca vistas por mim nem por você?
Que beleza pode existir no andar de mãos dadas
Se as mãos que seguram as minhas não são suas?
Que beleza pode existir na interpretação das coisas
se as idéias não forem compartilhadas com as paranóias?
E você aí sozinha procurando entender a loucura...
Que beleza!!!
A loucura tem a cara feia demais pra você descobrir como é
ela é feia
desabafa
você aí sozinha
tentando esquecer
a sua raiva do mundo
deságua...
eu não sou o mundo!
você não precisaria estar comigo
prá esquecer a loucura,
mas você acha
que eu
sou o mundo!
Não posso convencer ninguém do contrário
o mundo não te ama,
e eu?
sou obrigada a te amar?
sou obrigada a ser receptáculo de raivas?
de vida?
de prazeres?
de efemeridades?
de amarguras?
de frustrações?
de medos?
anseios?
respirações entrecortadas?
Palavras feito água
desaguam em mim
Fico quieta na cachoeira
não adianta falar
pingos de água
não entendem argumentos
chove e,
com a chuva observo beleza
no mundo onde
a loucura é maior
do que eu
e você ...
Não existe você
não existo eu
não insista
a loucura do mundo
não precisa
de mim
nem de você
só de nós.
"ME FUI"
Preciso fugir de mim
meu eu
tá sufocando
Tô sem ar
sem ego,
sem foco,
sem você.
Tô sem mim
os pensamentos
querem me matar
Preciso fugir
Preciso fugir
Eu preciso fugir
Asfixiada
não quero mais saber
das entrelinhas
das estrelinhas de bom comportamento
das notas dez
das honras ao mérito
das coisas lindas,
da perfeição
eu não quero mais saber
de nada que possa ser admirado
Tô sufocada
pisco
não vejo você
Braços são curtos demais
não alcanço a cabeceira
a bombinha
tá lá
na gaveta
não quero me mexer
sem oxigênio
no fim
vou morrer
Sem ar
asfixiada
sufocando
com o cheiro invisível de mim
vermelha
engasgada
sem ar
não sei inspirar,
respirar
expirar
sem nariz
sem memória
não sei o que fazer ...
o que fazer?
não sei!
Coração faz esforço
prá bater
não sobrevive
mais muito tempo
logo vou morrer
vou morrer
vou morrer
pela falta de mim
em você
pela falta de ar
de você
vou morrer
pela falta
vou morrer
aqui
sozinha
sem você
vou morrer
eu preciso
eu preciso por isso
fugir
fugir
pra renascer
aqui
no longe ou no perto
de mim
encontrada
parto.
meu eu
tá sufocando
Tô sem ar
sem ego,
sem foco,
sem você.
Tô sem mim
os pensamentos
querem me matar
Preciso fugir
Preciso fugir
Eu preciso fugir
Asfixiada
não quero mais saber
das entrelinhas
das estrelinhas de bom comportamento
das notas dez
das honras ao mérito
das coisas lindas,
da perfeição
eu não quero mais saber
de nada que possa ser admirado
Tô sufocada
pisco
não vejo você
Braços são curtos demais
não alcanço a cabeceira
a bombinha
tá lá
na gaveta
não quero me mexer
sem oxigênio
no fim
vou morrer
Sem ar
asfixiada
sufocando
com o cheiro invisível de mim
vermelha
engasgada
sem ar
não sei inspirar,
respirar
expirar
sem nariz
sem memória
não sei o que fazer ...
o que fazer?
não sei!
Coração faz esforço
prá bater
não sobrevive
mais muito tempo
logo vou morrer
vou morrer
vou morrer
pela falta de mim
em você
pela falta de ar
de você
vou morrer
pela falta
vou morrer
aqui
sozinha
sem você
vou morrer
eu preciso
eu preciso por isso
fugir
fugir
pra renascer
aqui
no longe ou no perto
de mim
encontrada
parto.
"me morro"
No meio da rua
percepção
álcool envolve palavras
Toma conta delas.
Eu ando sim,
no meio da rua
asas ao invés de pernas
vôo para algum lugar
que não aqui
Tanto cuidado com o bibelôt
tanto cuidado com a poeta
coisas infantis
amor
Cuidado com o não
cuidado pra não misturar
as cores todas no mesmo papel
não adianta nada
cuidado
MERDA!
tá tudo marrom
borrão indefinido
Cor de merda?
não sei...
só me resta um foda-se,
o dinheiro pro táxi
palavras
atitudes
o nada
não me mata
raiva atirada flecha
não me mata
não me mata
não me mata
não precisava viver e
morri.
percepção
álcool envolve palavras
Toma conta delas.
Eu ando sim,
no meio da rua
asas ao invés de pernas
vôo para algum lugar
que não aqui
Tanto cuidado com o bibelôt
tanto cuidado com a poeta
coisas infantis
amor
Cuidado com o não
cuidado pra não misturar
as cores todas no mesmo papel
não adianta nada
cuidado
MERDA!
tá tudo marrom
borrão indefinido
Cor de merda?
não sei...
só me resta um foda-se,
o dinheiro pro táxi
palavras
atitudes
o nada
não me mata
raiva atirada flecha
não me mata
não me mata
não me mata
não precisava viver e
morri.
8.11.06
Parque Güell, Barcelona
Preciso! Preciso! Preciso! Preciso! Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso!Preciso! Desse LUGAR!!!!!
7.11.06
Caiu a ficha
As vezes quero fugir e passar um tempo comigo mesma, por outro lado, sinto muita falta de todos... e preciso falar e ouvir poemas para me aquietar a alma- então, fico encurralada e me sabendo sem escapatória.
1) Amar exacerbadamente, me apaixonar e doer, pq feliz não escrevo nada que presta.
2) Sofrer, sofrer, sofrer para me inspirar.
3) Rasgar a pele, o corpo, a alma, arrancar os olhos para não enxergar um palmo na frente e pronto: me sinto poeta.
1) Feliz com a vida certinha, sendo amada...
2) Fudeu!
3) Bloqueio criativo e... ME SINTO FRUSTRADA.
Por isso me cerco desses amores destruídos e destrutivos que só me fazem iludir, sonhar e voar borboleta- para depois me derreter em lágrimas.
Sou assim: "Drama queen"...
sou assim...
sem isso- nada sou.
1) Amar exacerbadamente, me apaixonar e doer, pq feliz não escrevo nada que presta.
2) Sofrer, sofrer, sofrer para me inspirar.
3) Rasgar a pele, o corpo, a alma, arrancar os olhos para não enxergar um palmo na frente e pronto: me sinto poeta.
1) Feliz com a vida certinha, sendo amada...
2) Fudeu!
3) Bloqueio criativo e... ME SINTO FRUSTRADA.
Por isso me cerco desses amores destruídos e destrutivos que só me fazem iludir, sonhar e voar borboleta- para depois me derreter em lágrimas.
Sou assim: "Drama queen"...
sou assim...
sem isso- nada sou.
Súbita inspiração
Viva querendo estar morta
morta querendo estar viva
indecisa e incompreendida como sempre
louca e inconstante como agora
esperançosa e otimista como deveria
na verdade,
só quero morrer!
*sempre respondendo os e-mails da Maris é que me surgem as inspirações mais verdadeiras.
morta querendo estar viva
indecisa e incompreendida como sempre
louca e inconstante como agora
esperançosa e otimista como deveria
na verdade,
só quero morrer!
*sempre respondendo os e-mails da Maris é que me surgem as inspirações mais verdadeiras.
LOST
Todo aquele azul voltou a me provocar
Tá me fazendo sentir tudo novamente.
Todo aquele turbilhão esquisito de paixão, tesão e tudo o mais.
A sensação de que ele será novamente meu
ou
será meu só por instantes
ou
nunca será mais que um caso passageiro
que me atordoa.
Parece que eu vou desmaiar só de olhar
pra todo aquele azul.
Eu tonta
as mãos geladas,
um zumbido na orelha
o coração querendo rasgar o meu peito com toda volúpia
e tudo o mais
e tudo o mais
e tudo o mais
e tudo,
mas eu
nada
o nada,
mas eu
tudo
... ele troca 5 palavras comigo...
... eu penso, penso, penso...
... não consigo mais escrever nada que não seja pra ele...
... pensando nele...
... sonhando...
Eu sonho com ele ao meu lado
eu quero ele presente
e ele é meu presente quando tá perto.
tá foda essa sensação de ter voltado tudo, tudo, absolutamente TUDO!!!!
e aí vem o medo de não ser...
e eu já não sei mais de nada.
Tá me fazendo sentir tudo novamente.
Todo aquele turbilhão esquisito de paixão, tesão e tudo o mais.
A sensação de que ele será novamente meu
ou
será meu só por instantes
ou
nunca será mais que um caso passageiro
que me atordoa.
Parece que eu vou desmaiar só de olhar
pra todo aquele azul.
Eu tonta
as mãos geladas,
um zumbido na orelha
o coração querendo rasgar o meu peito com toda volúpia
e tudo o mais
e tudo o mais
e tudo o mais
e tudo,
mas eu
nada
o nada,
mas eu
tudo
... ele troca 5 palavras comigo...
... eu penso, penso, penso...
... não consigo mais escrever nada que não seja pra ele...
... pensando nele...
... sonhando...
Eu sonho com ele ao meu lado
eu quero ele presente
e ele é meu presente quando tá perto.
tá foda essa sensação de ter voltado tudo, tudo, absolutamente TUDO!!!!
e aí vem o medo de não ser...
e eu já não sei mais de nada.
My F**cking heart
Meu coração é um pardieiro
Uma bagunça louca num sala e quarto qualquer
todo lixo esquecido embaixo da cama
todo suspiro rasgado do tango
as mordidas erradas na jugular
o papel amassado na lixeira
o extrato bancário
a caneta estourada
o grito contido
a lágrima sem gosto
o sorriso sem chão
o chá com açúcar
e tudo o que não presta
cheio de marcas e cicatrizes feias
o coração tem muita coisa pra sentir
e covarde,
apanha sem bater.
Tanta vergonha guardada
Tanto amor amargurado
Tanta dor, tanto vício...
Meu coração infestado de erva daninha
O jardim sem paisagem
E o fósforos molhados demais
Para acenderem paixão.
Uma bagunça louca num sala e quarto qualquer
todo lixo esquecido embaixo da cama
todo suspiro rasgado do tango
as mordidas erradas na jugular
o papel amassado na lixeira
o extrato bancário
a caneta estourada
o grito contido
a lágrima sem gosto
o sorriso sem chão
o chá com açúcar
e tudo o que não presta
cheio de marcas e cicatrizes feias
o coração tem muita coisa pra sentir
e covarde,
apanha sem bater.
Tanta vergonha guardada
Tanto amor amargurado
Tanta dor, tanto vício...
Meu coração infestado de erva daninha
O jardim sem paisagem
E o fósforos molhados demais
Para acenderem paixão.
tell me, if u open your eyes...
Se você abrir os olhos
me diga o que viu por trás das pálpebras enquanto dormias?
Os pássaros voando no paraíso?
os ursos polares perdidos numa ilha tropical?
borboletas deslumbradas fazendo alvoroço?
crianças brincando?
Me diga o que você viu
atrás do seu medo cansado,
da sua alma invisível,
do seu amor...
adormecido.
Terás visto meu eu?
Minha incapacidade de despertar paixão?
Meu olhar pra você ou as palavras atrás dos meus poros?
O que devia ser dito e não foi?
O dia nublado congela pensamentos
O que devia ser visto ofuscado pelo sol do teu sorriso solitário
O reflexo da irresponsabilidade do meu amar você, incompleto...
A inexatidão dos meus cálculos problemáticos
Minhas atitudes espontâneas de amar-te
Amar-te
As lágrimas de desespero
dissolvem a tinta do papel
os sorrisos amarelos de vergonha
as canções desafinadas que te cantei
os poemas sem fim nem começo
a inconstância
a incongruência
a incoerência
a inconsistência dos argumentos...
Se você abrir os olhos me diga o que viu da minha morte.
me diga o que viu por trás das pálpebras enquanto dormias?
Os pássaros voando no paraíso?
os ursos polares perdidos numa ilha tropical?
borboletas deslumbradas fazendo alvoroço?
crianças brincando?
Me diga o que você viu
atrás do seu medo cansado,
da sua alma invisível,
do seu amor...
adormecido.
Terás visto meu eu?
Minha incapacidade de despertar paixão?
Meu olhar pra você ou as palavras atrás dos meus poros?
O que devia ser dito e não foi?
O dia nublado congela pensamentos
O que devia ser visto ofuscado pelo sol do teu sorriso solitário
O reflexo da irresponsabilidade do meu amar você, incompleto...
A inexatidão dos meus cálculos problemáticos
Minhas atitudes espontâneas de amar-te
Amar-te
As lágrimas de desespero
dissolvem a tinta do papel
os sorrisos amarelos de vergonha
as canções desafinadas que te cantei
os poemas sem fim nem começo
a inconstância
a incongruência
a incoerência
a inconsistência dos argumentos...
Se você abrir os olhos me diga o que viu da minha morte.
5.11.06
dry
tô seca
sem inspiração
sem vontade
sem fome
sem dor
sem paz
sem amor
tô seca
sem você
aqui
que venha a chuva
pra inundar minha inconstância
de querer vida novamente
em minhas veias
que venha você
para fazer
minha árvore
voltar a crescer
que saia o sono de
mim
e traga de volta
o brilho do meu sorriso
porque ví você
que venham as palavras
para mim
como o vento que chega
e traz de volta
você
em mim
sem inspiração
sem vontade
sem fome
sem dor
sem paz
sem amor
tô seca
sem você
aqui
que venha a chuva
pra inundar minha inconstância
de querer vida novamente
em minhas veias
que venha você
para fazer
minha árvore
voltar a crescer
que saia o sono de
mim
e traga de volta
o brilho do meu sorriso
porque ví você
que venham as palavras
para mim
como o vento que chega
e traz de volta
você
em mim
1.11.06
Amor idiota
É tão idiota te amar
tão unilateralmente...
Eu não durmo para pensar em você
pra medir suas atitudes
fixar seu sorriso
decorar suas palavras
lembrar da sua gentileza
pensar na sua preocupação comigo...
mas eu não me importo de te amar
mesmo que esse amor seja
idiota
como eu sou.
tão unilateralmente...
Eu não durmo para pensar em você
pra medir suas atitudes
fixar seu sorriso
decorar suas palavras
lembrar da sua gentileza
pensar na sua preocupação comigo...
mas eu não me importo de te amar
mesmo que esse amor seja
idiota
como eu sou.
"Os outros são os outros e só"
Sinto que estou viva em teu sorriso
tudo o que foi bom e não será mais
voltou no degustar das palavras entre nós
como se algo me tirasse do chão
a mente voltou ao passado
Turbilhão de ouvir
os acordes da guitarra azul
que voltou a tocar
para mim
Eu te ouço.
As linhas pontilhadas do não dizer
completam-se
preenchem tudo o que
um dia
foi vazio.
Qual a explicação para isso que me arrebata e alguns chamam de amor?
Eu já me vi em braços de outros
envolvida em beijos de outros
submersa em idéias de outros
com o cheiro de outros na minha pele
o gosto de outros nas minhas bochechas...
Outros...
que nada importam
Outros...
que não alteram nada...
Outros...
Outros que são outros
Outros que não são você
não importam
os outros...
tudo o que foi bom e não será mais
voltou no degustar das palavras entre nós
como se algo me tirasse do chão
a mente voltou ao passado
Turbilhão de ouvir
os acordes da guitarra azul
que voltou a tocar
para mim
Eu te ouço.
As linhas pontilhadas do não dizer
completam-se
preenchem tudo o que
um dia
foi vazio.
Qual a explicação para isso que me arrebata e alguns chamam de amor?
Eu já me vi em braços de outros
envolvida em beijos de outros
submersa em idéias de outros
com o cheiro de outros na minha pele
o gosto de outros nas minhas bochechas...
Outros...
que nada importam
Outros...
que não alteram nada...
Outros...
Outros que são outros
Outros que não são você
não importam
os outros...
Heat
Enquanto eu danço
para não perder o ritmo
a poesia nega sentires corretos
propago energia com meu respirar
pela sala fria
A boca traz combustível
sinto o espaço em que vivo
e existo
para propagar calor.
para não perder o ritmo
a poesia nega sentires corretos
propago energia com meu respirar
pela sala fria
A boca traz combustível
sinto o espaço em que vivo
e existo
para propagar calor.
hands up!
Quando você me mata
eu sinto vivo o estatelar
da sua mão na minha
bochecha altiva.
Sinto latejar a raiva
transformada em palavras
no teu rosto
meu corpo formiga
para que eu me sinta
fazendo parte do espaço
em que eu morro
suicida ou assassinada
[serial killer]
viva ou morta
acordo dormente
para sentir
seus beijos
marcados em mim
amanhã.
eu sinto vivo o estatelar
da sua mão na minha
bochecha altiva.
Sinto latejar a raiva
transformada em palavras
no teu rosto
meu corpo formiga
para que eu me sinta
fazendo parte do espaço
em que eu morro
suicida ou assassinada
[serial killer]
viva ou morta
acordo dormente
para sentir
seus beijos
marcados em mim
amanhã.
six feet under
Tenho medo de morrer atropelada
de me ver estatelada no chão,
largada no canto do lado da estrada,
no acostamento.
De ficar esquecida,
ser carcomida por vermes
e barulhos de pneu.
Sentir o cheiro de borracha queimada,
encantada no asfalto mal cuidado
cheio de buracos daas estradas nossas.
Bom seria se elas se fizessem novas,
e eu não fosse atropelada por tropeços
de seu carro engasgado
sem carburador
aquecendo enlouquecido
um coração gélido.
Tenho medo de ser
atropelada por palavras malditas
e frames distorcidos
de uma imagem esquelética
na beira da estrada.
Olhos estourados bravos,
vermelhos naquilo que não penso
não vejo,
não sinto...
estou lá,
atropelada,
estatelada,
morta
de olhos fechados
na beira da estrada.
Desejei matar meu coração essa noite.
de me ver estatelada no chão,
largada no canto do lado da estrada,
no acostamento.
De ficar esquecida,
ser carcomida por vermes
e barulhos de pneu.
Sentir o cheiro de borracha queimada,
encantada no asfalto mal cuidado
cheio de buracos daas estradas nossas.
Bom seria se elas se fizessem novas,
e eu não fosse atropelada por tropeços
de seu carro engasgado
sem carburador
aquecendo enlouquecido
um coração gélido.
Tenho medo de ser
atropelada por palavras malditas
e frames distorcidos
de uma imagem esquelética
na beira da estrada.
Olhos estourados bravos,
vermelhos naquilo que não penso
não vejo,
não sinto...
estou lá,
atropelada,
estatelada,
morta
de olhos fechados
na beira da estrada.
Desejei matar meu coração essa noite.
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