sobre acaso e cachos de uva (VII)
vamos chamar assim:
ela é uma metáfora que
adoece aqui comigo.
devo admitir, não servi para
degolar a sua nem a minha solidão.
não é de hoje que
vou até o fundo verificar quanto é
silente e silenciosa a
falta, essa musa do não.
é ela, não você, é a falta que
joga na minha cara
por birra, ou porque é burra
ou por essência, não sei
sei que esmurra meu rosto com
esses destroços de algo que
não acaba só porque já acabou.
salvo-me apenas
porque conheço o
gosto das lágrimas antes
delas se poluírem publicamente e
meu rosto virar um
abismo mastigador de
negros morcegos-bem-te-vis
de metralhados-mimimis
de adocicados diz que diz.
eu sei, fomos alegres destruindo.
estávamos juntos
mas a solidão já nos rondava.
está bem óbvio para mim
aquela alegria era
uma espécie de falta
com maquiagem de palhaço.
ela é uma metáfora que
adoece aqui comigo.
devo admitir, não servi para
degolar a sua nem a minha solidão.
não é de hoje que
vou até o fundo verificar quanto é
silente e silenciosa a
falta, essa musa do não.
é ela, não você, é a falta que
joga na minha cara
por birra, ou porque é burra
ou por essência, não sei
sei que esmurra meu rosto com
esses destroços de algo que
não acaba só porque já acabou.
salvo-me apenas
porque conheço o
gosto das lágrimas antes
delas se poluírem publicamente e
meu rosto virar um
abismo mastigador de
negros morcegos-bem-te-vis
de metralhados-mimimis
de adocicados diz que diz.
eu sei, fomos alegres destruindo.
estávamos juntos
mas a solidão já nos rondava.
está bem óbvio para mim
aquela alegria era
uma espécie de falta
com maquiagem de palhaço.
- Luiz Felipe Leprevost -
Combina com o final da série (acima)
- ah! se combina... -
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