Como chamar esse coquetel que mistura vodca com relâmpagos?
O que é que irrita os vulcões que cospem fogo, frio e fúria?
Não sentes também o perigo na gargalhada do mar?
De que ri a melancia quando a estão assassinando?
Não se incendiou a pradaria com os vagalumes selvagens?
Onde pode viver um cego a quem perseguem as abelhas?
Quantas abelhas tem o dia?
Não é melhor nunca que tarde?
Por que os imensos aviões não passeiam com seus filhos?
Há algo mais triste no mundo que um trem imóvel na chuva?
Por que as árvores escondem o esplendor de suas raízes?
Por que se suicidam as folhas quando se sentem amarelas?
Se termina o amarelo com que faremos o pão?
Para quem sorri o arroz com infinitos dentes brancos?
As lágrimas que não se choram esperam em pequenos lagos?
Ou serão rios invisíveis que escorrem até a tristeza?
Onde termina o arco-íris, em tua alma ou no horizonte?
E onde termina o espaço se chama morte ou infinito?
Não será nossa vida um túnel entre duas vagas claridades?
Ou não será a vida um peixe preparado para ser pássaro?
Como se chama uma flor que voa de pássaro em pássaro?
Quando lê a borboleta o que voa escrito em suas asas?
Onde encontrar um sino que soe dentro de teus sonhos?
É verdade que no formigueiro os sonhos são obrigatórios?
Que pesam mais na cintura,
as dores
ou as lembranças?
2 comentários:
Inquietante, no mínimo...!
Adorei!
E o nome do trio então... Madame Kaos, é instigante!
Beijo
juliana, obrigada pelo elogio. fico feliz em poder tranistar por tantos lugares desse rio de janeiro. parabéns para as madames também. não pude ficar até o final, pois estava e ainda estou meio gripada (mas a minha é bovina mesmo, rá!), com uma cólica enlouquecedora em plena lua cheia (peeeense!). dia 10 de junho vai rolar uma festa com show nosso, no cinematheque. vai se chamar "força na peruca",só entra quem estiver de peruca, vai ser ótimo. tá convidada. beijo.
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