10.10.06

Fuga

Fuga sabe escapar
do céu sem par.

Ímpar espaço...
núvens de algodão
folhas secas
amor canção
papel amordaçado
tecido embrulhado
presente...
pedaço suave
tricôt de meias palavras
lullaby
lá-rai-á...

Cá estou
Lá?
Não vou...

Sobre lua
luz sou
sempre que há imagem
paisagem dorme
em travesseiro
de flanela quente.

Em espelhos
ávido reflexo seco
converge em geometria
molhada, secular...
o flamejante fogo
que compromete seu olhar.

Sobre elas
repetem nós em cantigas
sem música,
notas musicais desafinadas
no meu desatino
com seu desparate...

Um barato viver
em seu sorriso aberto
longe ou perto
do meu coração...

Te amo assim mesmo
com toda loucura
te amo foguete que explode
em meu ser.

Espero o amor
por debaixo da porta
sempre...
hoje.

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