17.10.06

Nascer para que o sol se ponha

Um anel de prata e uma garrafa de rum
a solidão não é nada nova
eu vou brindar de qualquer jeito, por diversão.
Como poderíamos saber disso?
ele me deu aquele empurrãozinho
ele engoliu e chorou como se alguém tivesse morrido
eu senti isso escorregar pelo meu dedo anelar
eu estou começando a gostar disso a qualquer preço
o vento nas árveores canta minha descrença
você descobre o amante enquanto esperamos...
Eu posso te sentir
quando você está a 25 kilômetros de distância
ou quando você está no quarto ao lado.
Uma cama quebrada na estrada empoeirada,
um vermelho rústico e uma carga pesada
algumas vezes é rápido em outras é lixo
tão alto como um cantar de galo
e lá se vai um kilômetro a frente
no cigarro de filtro amarelo
cruzando a linha na auto-estrada

eu não te vejo há tanto tempo
eu posso te sentir.

Eu seguirei o caminho mais rápido
cruzarei o rio com uma jangada
as fazendas são um charme
as macieiras e as parreiras
eu posso te sentir
e vou brindar de qualquer jeito.

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