O que fiz?
O que falei?
Devia ter me comportado melhor.
tem coisas que não sei fazer...
Parar!
Sinto
dores...
Dor!
encharco-me de líquidos
para esquecê-la por alguns momentos
no dia seguinte ela se multiplica,
eu ganho outras...
(de cabeça, no ombro, nas costelas)
o frio, a chuva...
tudo potencializa a tristeza do dia seguinte
os medos aparecem.
Se eu tivesse um baralho,
faria um castelo de cartas.
Se tivesse uma caixa de lápis de cor,
faria um desenho.
Nas minhas mãos só uma caneta preta
e um papel em branco.
Eu converso com o papel
como se fosse a minha última fala antes de morrer de amor.
A tonteira chega com as ondas no calçadão de Copacabana
os olhos embaralham-se .
Do labirinto, não posso escapar
não sei o caminho...
É complicado, contraditório, relevante
a minha dor em auto-relevo
demonstrada em slides na parede para todos
e meu viver exacerbado.
Parece que o que eu fiz foi pra agredir,
mas não foi.
A exposição é o tipo de coisa que eu devo resolver comigo
ninguém tem culpa da minha desmedida falta de limites,
do meu exagero.
Eu preciso aprender essa vida
sozinha, solitária, só.
Preciso ficar,
Só.
19.10.06
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