26.10.06

Sandices

sintonia é uma coisa louca... e parece que eu tomei um quilo de anfetamina, mas estou só na coca-light. não paro de pensar. eu queria desligar da tomada, mas o computador livre me inspira umas coisas loucas. o teclado me chama: - vem, não pisca. me usa. abusa. martela (sic) tecla, tecla, tecla. não! não pára de me espancar. arranca sangue de mim... vem, me usa, me abusa. me bate. me soca. joga tudo o que você tá sentindo em cima de mim. toda sua escatologia. vomita suas palavras presas. bate em mim. me espanca. vem que eu gosto. eu quero. eu desejo. quero ser o seu amo para a vida inteira. eu tô velho, mas eu te amo. meu design tá ultrapassado. espero que você não me troque por um teclado da Hello Kitty. eu sei. eu sei que você adora essas coisas infantis, mas por favor, não me substitui. eu sou o que sou e sirvo para o meu propósito não? tá ventando eu sei. eu sei que você tem medo, mas gosta do vento. ele te traz recados, né? o que será que ele te fala agora? - tenho que parar minha cabeça. tentar dormir, mas minha madrinha com dor de dente dorme na minha cama. hoje o sofá é meu. vou fechar a janela da sala. tenho asco de barata e quando venta elas me visitam. queria continuar plugada no you tube vendo vídeos dos poetas beat. o peixe que a minha mãe fez no jantar chega junto com o o vento. a tigela com os restos mortais ainda está em cima da mesa. hoje eu comi pizza. eu não deveria comer mais. alguém costura minha boca por favor! alguém cola esparadrapo nos meus olhos para eu tentar dormir? ei! pára de soprar nos meus ouvidos o que é pra eu escrever. quero parar de ter idéias. eu vou tirar o fim de semana para arrumar meus livros. eu quero entrar num site de sebo para comprar mais livros. eu quero ler, ler, ler e não parar mais de ler. eu quero parar de escrever agora, mas minhas mãos não me obedecem. minha cabeça criou pernas. eu exagero. eu exagero. eu overdoso. é sim! eu overdoso. eu over tudo. eu aumento tudo. eu não vou conseguir dormir na sala com cheiro de peixe. eu vou pro quarto dormir toda torta na caminha de armar. eu tô enjoada com esse cheiro de peixe. eu não tô na beira da praia num domingo de sol torrando e comendo peixe frito. esse cheiro tá aguçando meu vômito. há tanto tempo não vomito. será que será hoje? delírios, delírios, delírios... será que eu tô enlouquecendo ou ficando mais sã? será que um dia eu já fui sã? eu nasci poeta e não sei. porque fui inventar de nascer poeta nessa vida tão tísica? porque eu nasci nesse mundo tão surreal? porque talvez eu seja surreal. porque meus pensamentos não param. porque eu sempre tive efeito retardado. e é incrível que só hoje eu esteja sentindo os efeitos de terça feira. eu sou muito lenta mesmo. efeito retardado. sou uma monga mesmo. o meu barato é escrever. tem tantos outros baratos.... e eu não consigo parar de escrever. eu não consigo parar de escrever. eu não consigo parar de escrever. vou enfiar a caneta bic no meu peito para ver se sangro logo tudo e largo dessa vida de sentir cheiro de peixe que me embrulha o estômago, só porque sou teimosa e não consigo largar o computador. minha mente não pára. alguém me tira da tomada por favor...

Um comentário:

Sem Cascas.blogspot.com disse...

Tá doente do que és?
tem jeito não!
mas do peixe voce poderia ter fugido vindo para a alcova da madrinha. A madrinha SOU EU. mADRINHA BRUXA CHEI DE INTENÇÕES VERDADEIRAS DE TE DEIXAR AINDA MAIS ESCREVEDEIRA, para que voce nunca, nunca duvide porq isso é a morte, o naufrágio do navio.
Beijos bruxísticos.
Vou te mandar o de ontem a noite que ainda não estava disponível...
FAÇO CAGADAS! fAÇO CAGADA! fAÇO CAGADASSSSSSSSSSSSSS!