O gato olha assustado. Assusta a dor do susto que pode ser assustada em cada olhar.
Assustado. Desajustado em cada miada esganiçada. O gato anda.
Deixo a caneta escorregar. Pensamento de cimento pensa mentiras. Nega atos.
Neblinas pensantes, sons. Sopa de barulho inaudível sem sabor tem gosto de lápis de cera.
Gotas coloridas derretidas no fogo que arde em espelhos arcam com a idéia da imagem real refletida na face contrária do desejo que não se faz estátua.
Corrigida, a imagem se mostra circunspecta. Corcunda em circunflexos. Arrefecida na bolha de ar não respirada. Aconchegada no monóxido de carbono poluído no bombear do oxigênio.
Na intoxicação do que sou. Na cicuta em meu sangue.
No meu envenenar com nada que seja diferente de você.
25.10.06
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Um comentário:
Outro show de bola!
E a influência confessa continua!
Vai moça!
Vai se desintoxicar com a escrita que tá muito bom!
Beijossssssssssss
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